António Tavares
Editorial
Castelo Branco continua a deparar-se com um problema que já não é novo, mas que, diga-se em abono da verdade, é preocupante e é urgente resolver.
Em causa estão os cães que passeiam pela cidade com os seus donos e que enchem os passeios de dejetos, o que faz com que na rua todo o cuidado seja pouco para se ver onde se põem os pés.
Claro está que a culpa não é dos animais, que têm que satisfazer as suas necessidades fisiológicas, nem está em causa a liberdade de ser ter um animal de estimação. O que está em causa, sim, é o civismo dos donos desses animais.
Num ato de cidadania básico, o que deveriam fazer era recolher os dejetos e não os deixarem em qualquer sítio para outros os pisarem, embora haja quem diga que isso dá sorte, vá lá saber-se que sorte!
Esta falta de civismo é ainda mais grave se se considerar as ações de sensibilização que os Serviços Municipalizados têm divulgado, além de terem disponibilizado vários pontos da cidade, onde é possível ter aceso a sacos destinados à recolha desses dejetos. Mas não, é mais fácil deixar as prendinhas por aí espalhadas.
Também a bem da verdade é justo realçar que nem todos os donos de cães assim procedem, havendo bons exemplos, demonstrando, assim, não só o seu civismo, mas também que são dignos de ter um animal de estimação.
Para os outros, os que conspurcam a cidade em que eles próprios vivem, é sempre bom recordar o exemplo de uma localidade espanhola em que a autarquia recolhe os presentes e mediante o registo do cão, que é obrigatório, envia os embrulhos para casa dos proprietários. Vamos a isso.