António Tavares
Editorial
A Secretaria de Estado da Valorização do Interior, que foi instalada em Castelo Branco e está a funcionar desde o início do mês de janeiro, nas antigas instalações do Governo Civil, acolheu, esta semana, a reunião de coordenação do gabinete do ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, e dos respetivos secretários de Estado.
Um encontro que foi o primeiro de muitos, uma vez que segundo é adiantado se passarão a realizar de forma periódica em Castelo Branco.
Desta forma o que se verifica, logo numa primeira abordagem, é uma pequena descentralização do Governo, que, deste modo, sai de Lisboa e vem para o Interior do País, o que é de elogiar, porque é no terreno e não nos gabinetes que se tem uma perceção real dos problemas que afetam o território nacional fora de Lisboa, nomeadamente no Interior.
Estão assim criadas algumas expectativas no sentido que, finalmente, o Governo dê, de facto, atenção e valor ao País que não fica no Litoral.
Estas reuniões podem ser um bom sinal, de esperança, mas essa é uma questão para a qual só o tempo trará a resposta definitiva.
É que é bom não perder de vista que as reuniões até podem ser cá, no Interior, mas, independentemente do local, se não houver uma verdadeira mudança de políticas continuará tudo na mesma.
Mas, é sempre de reforçar, há que ter esperança e acreditar que nada está perdido e que esta faixa do País possa ver reconhecido o seu valor e afastado o fantasma da desertificação e do abandono. Para isso é apenas suficiente que o Governo e esta Secretaria de Estado, em concreto, valorize mesmo o Interior.