António Tavares
Editorial
O Dia Mundial do Doente é assinalado na próxima segunda-feira, 11 de fevereiro. Uma data que muitas pessoas não gostam de falar, não vá o Diabo tecê-las, mas a realidade é que a doença e estar doente faz parte da existência de cada ser vivo.
Aliás, a saúde, ou a falta dela, é um dos aspetos mais importantes para qualquer pessoa e mesmo para quem a rodeia, quer sejam familiares ou amigos. Afinal, só o facto de não se estar doente é motivo mais que suficiente para uma pessoa se sentir feliz, sem se poder esquecer que este é um fator determinante para a qualidade de vida.
Por isso, falar na doença, ou na falta dela, é sempre um tema pertinente, principalmente num país como Portugal, em que, passe a expressão, a saúde está doente. Sim, pois é apenas ter em atenção as polémicas e as guerras que têm existido nos últimos tempos entre o Governo e os profissionais de saúde.
Mas não só, uma vez que para além disso, quer se queira, quer não, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está, já há algum tempo, a atravessar um período difícil, havendo mesmo quem diga que esta conquista da Democracia, alcançada em setembro de 1979, está em risco. Ou seja, a acontecer isso, Portugal pode ser alvo de uma regressão, perdendo-se aquele que é um serviço universal, com hospitais e médicos espalhados por todo o País ou acesso assegurado a todos os Portugueses.
Por tudo isto, para o Dia Mundial do Doente fica a sugestão de se pensar de uma forma mais alargada, contemplando a saúde no seu todo, o que se quer que ela seja, não só agora, mas no futuro. Tal como nas doenças, também na saúde mais vale prevenir que remediar, antes que o doente, neste caso a saúde, fique em coma ou morra.