António Tavares
Editorial
E pronto, aí está o mês de agosto que, ao que tudo indica, continua a ser o preferido dos Portugueses para gozar férias, principalmente em zonas de praia, para fugir ao calor. Isto, se São Pedro não decidir pregar alguma partida, porque com a instabilidade do tempo, não há garantias que o Sol brilhe e o calor marque presença. Verdade seja dita, o calor típico de verão ainda não se deu muito a ver cá pelos lados de Portugal, pois preferiu tirar férias e viajar para outras paragens europeias, onde não é muito habitual.
Mas, mesmo que não dê para ir a banhos, as férias são imperdíveis e, se o tempo não ajudar, até podem ser mais repousantes.
O certo é que no Interior, as férias de verão continuam a marcar uma época do ano, na qual o território, já pouco habitado, fica ainda mais deserto. Algo que não é tão acentuado, porque quem vive e trabalho no estrangeiro também aproveita esta época do ano para voltar à terra natal. Mas nada que se compare com aquilo que acontecia há muitos anos atrás, quando se verificava uma verdadeira invasão. É que, há uns anos atrás, esta era uma das poucas oportunidades de voltar por uns dias ao país de origem. Com o passar dos anos, os filhos dessas pessoas nasceram fora de Portugal e embora continuem a ter raízes portuguesas, já não há tanto o sentimento de pertença a um país que, muitas vezes, mal conhecem. São outros tempos e novas realidades.