A Universidade Sénior Albicastrense (USALBI) realizou, na passada quinta-feira, 31 de outubro, no Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco, a cerimónia de abertura solene do ano letivo 2019/2020.
No ano em que a USALBI comemora os 15 anos da sua entrada em funcionamento, o diretor, Arnaldo Brás, começou por realçar que “ano após ano temos aumentado o número de alunos”, não deixando de sublinhar que esta “é uma resposta social diferente, que é procurada por todos aqueles que não se conformam em ficar em casa, quando deixam de trabalhar”
Arnaldo Brás adiantou que, atualmente, a USALBI é frequentada por 1.340 alunos, dos quais 639 na sede, em Castelo Branco, e 701 nos pólos instalados nas freguesias do Concelho, contando com 55 professores e alguns colaboradores, pelo que, realçou, “somos das maiores escolas de Castelo Branco e com tendência para crescer”.
Classificando a USALBI como “um projeto estruturante para o envelhecimento ativo”, Arnaldo Brás manifestou o desejo de “no futuro próximo sermos uma resposta social integrada no orçamento da Segurança Social, o que seria a solução para as questões financeiras”.
Tudo, para recordar que “há cinco anos gostaríamos de levar a USALBI às freguesias” e referir que esse é um objetivo que será alcançado brevemente, pois “além de Castelo Branco, estamos em 16 das 19 freguesias do Concelho, sendo que nas duas que faltam, Benquerenças e União das Freguesias de Ninho do Açor e Sobral do Campo, vamos estar até final do ano”.
A cerimónia contou com a presença do presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, António Fernandes, que na conferência de abertura abordou o tema Evolução do Ensino Superior em Portugal, que considera “relevante para a evolução da sociedade, porque para além do Ensino Superior, temos a evolução de toda a sociedade, resultante disso”.
António Fernandes relembrou que “antes de 1974, em Portugal, o Ensino Superior se resumia a Coimbra, Lisboa, Porto e à Universidade Técnica de Lisboa, ao que se juntava ainda o Ensino Superior Técnico Militar”.
Em temos de números, António Fernandes salientou que no ano letivo 1910/1911 havia em Portugal 1.200 estudantes no Ensino Superior, sendo que, desde aí, foi sempre crescendo, passando para 8.700 no ano letivo 1940/1941; 19.500 no ano letivo 1960/1961; 28 mil no ano letivo 1965/1966; 44.200 no ano letivo 1970/1971; 61.300 no ano letivo 1975/1975. Em 1979 foi criado o Ensino Superior Politécnico e no ano letivo 2010/2011 os estudantes no Ensino Superior eram 374 mil, para no ano letivo que agora teve início atingir os 385.247.
António Fernandes adiantou ainda que, atualmente, existem em Portugal 111 instituições de Ensino Superior, nas quais são lecionados 4.761 cursos diferentes.
Já o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, afirmou que a USALBI “é um projeto, uma obra consolidada” e chamando a atenção para a vertente da “coesão do território”, apontou para importância que “as oportunidades que existem na cidade, também existam nas freguesias”, como sucede com a USALBI, classificando-a como uma “obra diretamente ao serviço da felicidade das pessoas”.
Luís Correia deixou ainda a garantia de se “continuar a apostar no fortalecimento da USALBI”.
Em dia que foi de festa, a cerimónia inclui a entrega de certificados de reconhecimento aos alunos e professores que completam 15 anos na USALBI e, claro está, que a animação musical, com a prata da casa, também não faltou, com a atuação da Tuna e do Grupo de Cavaquinhos da USALBI.
António Tavares

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