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Edição nº 1647 - 15 de julho de 2020

CELTEJO PORTAS ABERTAS
Pedro Baptista realça que “poluição resolve-se na origem”

O diretor da Celtejo, em Vila velha de Ródão, Pedro Baptista, defende que a “poluição resolve-se na origem. O controlo dos efluentes não pode ser feito no fim do ciclo, mas antes do processo”, para assegurar que “estamos plenamente convictos do real impacto na nossa envolvente, no Rio Tejo” e concluir que “existe alguma injustiça e alguma incorreção em atribuir esses eventos (poluição) a Vila Velha de Ródão e à Celtejo”.
A posição foi assumida na passada sexta-feira, 10 de julho, no decorrer da iniciativa Celtejo Portas Abertas, que teve como objetivo dar a conhecer a empresa.
Um encontro que começou com a apresentação do Grupo Altri, que detém três fábricas de pasta de papel em Portugal, tendo como subsidiárias a Celtejo, em Vila Velha de Ródão, a Celbi, na Figueira da Fox, e a Caima, em Constância. Altri que é um produtor europeu de referência da pasta de eucalipto, sendo que o grupo também tem uma presença importante no setor de energias renováveis de base florestal, nomeadamente mediante a co-geração industrial, através do licor negro e da biomassa. Neste ponto foi ainda avançado que a Altri, atualmente, gere cerca de 80 mil hectares de floresta em Portugal, toda ela certificada pelo Forest Stewardship Council® (FSC®) e pelo Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC).
Feita a introdução as atenções centraram-se na Celtejo, que se dedica à produção de pasta branqueada e foi inaugurada a 23 de outubro de 1971, sendo que em 2019 qualquer coisa como 88 por cento da produção se destinou à exportação.
Na apresentação foram também destacados os investimentos realizados na Celtejo, nos últimos anos, que ascenderam “a mais de 200 milhões de euros”, pelo que representa “o maior investimento no Interior Centro de Portugal”. Investimentos que contemplaram a construção de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI), em 2017; a instalação de uma caldeira de recuperação e de uma turbina de condensação, em 2018; a construção de uma Estação de Tratamento de Águas (ETA), por ultrafiltração, osmose e electrodeionização, em 2018; a remodelação do cozimento, lavagem e crivagem de pasta, em 2019; e a criação de um laboratório, em 2019.
Por outro lado, foi igualmente destacada a responsabilidade social da Celtejo, ao ser apontado “o forte impacto regional, com mais de 80 por cento da riqueza gerada no Concelho de Vila Velha de Ródão”, ao mesmo tempo que “cerca de 70 por cento da receita gerada pela empresa fica em Portugal”. Ainda na vertente da responsabilidade social foi frisada “a contribuição para o emprego regional e nacional”, uma vez que cria “200 portos de trabalho diretos e 1.500 indiretos”.
Tudo isto sem esquecer “o apoio a várias associações e atividades locais”, bem como o facto de na área do tratamento de efluentes, a Celtejo, além do seu efluente também “trata os das queijarias instaladas em Vila Velha de Ródão”.
Na apresentação da empresa foi também dada uma atenção especial à vertente da monitorização de emissões líquidas. Matéria sobre a qual foi revelado que a empresa realiza, por ano, 24.460 análises por ano, além de estarem instaladas sondas on-line que monitorizam e procedem à comunicação de dados, 24 horas por dia, para a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Tudo isto para Pedro Baptista reiterar que “existe alguma injustiça e alguma incorreção em atribuir esses eventos (poluição) a Vila Velha de Ródão e à Celtejo”.
Matéria em que foi realçado que os investimentos realizados nos últimos anos foram determinantes, apontando para ETARI que é pioneira na Europa e que permite que o efluente da Celtejo “não tenha nenhum impacto no Rio Tejo em termos de poluição”, defendendo que, pelo contrário, “contribui para despoluir o Tejo, ao injetar cargas de oxigénio”, a partir que “o efluente é mais limpo que a própria água do Rio Tejo”
Ainda com a atenção entrada na água, Pedro Baptista avança que o efluente da Celtejo “apresenta uma qualidade tão elevada que essa água pode ser utilizada para rega” e acrescenta que “20 por cento do efluente é inclusive utilizado pela Celtejo”, exemplificado que “utilizamos o nosso efluente no produto que enviamos para os nossos clientes”, referindo-se “às duas fábricas de papel tissue, a Navigator e a Paper Prime, em que a pasta é transferida daqui”.
Para além disso, há ainda outra vantagem, uma vez que a “partir do momento em que utilizamos água do nosso efluente representa menos água que vamos tirara do Rio Tejo, para produzir a pasta de papel, que se reflete nos custos de produção”.
Pedro Baptista afirma também que o modo para se alcançar um efluente não poluente resulta do “novo processo de branqueamento da pasta de papel, que é feito por ozono, oxigénio e água oxigenada, não se recorrendo ao cloro”.
Já noutra vertente Pedro Baptista realça que a Celtejo está a rentabilizar a produção de energia elétrica, a partir da queima de licor negro e de biomassa, dois subprodutos da produção de pasta de papel que ao serem queimados geram energia”. Aliás, acrescenta, este processo permite “gerar a energia elétrica que alimenta a Celtejo e o excedente é injetado na rede elétrica nacional”.
Pedro Baptista revelou ainda que está também a ser desenvolvido na Celtejo um novo projeto que passa pela “produção de fertilizante, a partir das lamas da ETARI”.
António Tavares

15/07/2020
 

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