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Edição nº 1683 - 24 de março de 2021

250 ANOS DE CASTELO BRANCO CIDADE
Confiança no futuro da cidade

As comemorações dos 250 anos da elevação de Castelo Branco à categoria de cidade ficaram marcadas pela pandemia de COVID-19, mas também pela confiança no futuro da cidade e do Concelho, nas intervenções de todas as forças partidárias representadas na sessão da Assembleia Municipal de Castelo Branco, realizada no passado sábado, 20 de março, no Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco.
Na primeira intervenção, o presidente da Assembleia Municipal, Arnaldo Brás, começou por referir que “a celebração acontece no meio de uma pandemia”, para de seguida realçar que “Castelo Branco é uma das cidades portuguesas com mais qualidade de vida”.
Na mesma linha, Francisco Oliveira Martins, do CDS/PP, afirmou que “este é um dia de festa com muitas restrições, devido à pandemia”, servindo esta introdução como ponto de partida para assegurar que “é mais que justa a atribuição da Medalha de Ouro da Cidade à Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) ”, salvaguardando que “também reconhecemos o mérito dos restantes (distinguidos)”.
Já noutra abordagem Francisco Oliveira Martins focou-se “nos problemas demográficos, com as freguesias cada vez mais desertificadas, porque este não é só um problema da cidade”.
Voltando aos problemas causados pela pandemia, defendeu que “as empresas, mais do que nunca precisam de auxílio” e voltando o olhar para o mundo rural, defendeu que “tem de ser protegido de quem lhe queira mal” e recordou que o CDS/PP tem defendido na Assembleia Municipal “a criação do Gabinete Técnico Florestal”.
Relembrou ainda a importância da “requalificação do Centro Histórico da cidade”, uma proposta do CDS/PP que tem sido chumbada”.

Pandemia exige apoios
Com os 250 anos da cidade como pano de fundo, Carina Caetano, da Coligação Democrática Unitária (CDU), apontou para a “concretização do Itinerário Complementar 31 (IC31), o fim das portagens, a construção da Barragem do Alvito”, entre outros, não esquecendo que há que ter em atenção que “a juventude tenha futuro na cidade e não tenha que emigrar”.
Carina Caetano também defende “a recuperação da cidade”, nomeadamente “a Zona Histórica e a zona central”, enquanto, por outro lado alerta para a importância de, no âmbito da pandemia, “apoiar as micro, pequenas e médias empresas, bem como a cultura e o desporto”.
José Ribeiro, do Bloco de Esquerda, começou fazer uma pequena resenha histórica, ao recordar que “em 1771 Castelo Branco tinha cinco mil pessoas e atingiu um pico populacional nos anos 60 do Século XX”.
Isto, para em relação ao presente defender “a urgência de responder à crise social e económica criada pela pandemia”.

“Há que saber exigir
obras concretas”
Para Álvaro Batista, do Partido Social Democrata (PSD), as comemorações dos 250 anos da Cidade impõem “um momento de reflexão”, no âmbito do qual referiu que “um terço da população do País vive no Interior e nos restantes 19 por cento do território vivem os outros dois terços”, revelando “um desequilíbrio demográfico”.
Álvaro Batista apontou também para o facto de “entre 1950 e 2019 termos perdido 22 por cento da população”, realçando que, por exemplo, “Évora e Viseu cresceram”. Isto, a par “de mais envelhecimento da população, pois em 2010 tínhamos 177 idosos por cada 100 jovens e em 2019 eram 214 idosos por cada 100 jovens”. Por isso, já no final da intervenção, sublinhou que “se Évora e Viseu conseguiram crescer, Castelo Branco também o conseguirá”.
Álvaro Batista denunciou igualmente “as assimetrias regionais notórias”, para realçar que “o IC31, prometido em campanhas eleitorais tarda em ser realidade”, não deixando de se referir, entre outros, “à construção do Itinerário Complementar 6 (IC6) e da Barragem do Alvito”, ou à “A23, onde se continua a pagar portagens, apesar da sua eliminação ter sido prometida”.
Para o social democrata não resta a menor dúvida que “ao nível local há que saber apoiar mais as freguesias” e frisou que “há que saber exigir obras concretas. Se é possível uma sétima ponte sobre o Rio Douro, cabe-nos exigir que o IC31 seja construído com dinheiros da bazuca”.

“Queremos que Castelo
Branco seja um motor
de desenvolvimento regional”
Pelo Partido Socialista (PS), Leo-poldo Rodrigues começou por realçar que a distinção de Castelo Branco como Região Empreendedora Europeia (EER) 2021-2022, pelo Comité das Regiões Europeu (CR), “expressa o que se tem feito em Castelo Branco”.
Leopoldo Rodrigues destaca que “ancorado no passado, Castelo Branco é, no presente, uma cidade do futuro”, num “caminho que nem sempre foi fácil, mas 250 anos depois, mesmo em contexto de pandemia, estamos a celebrar a resiliência de Castelo Branco”.
O socialista recordou que “Castelo Branco, no início da década de 90 do Século XX era uma cidade eminentemente rural. Com César Vila Franca teve início um processo de mudança, que depois continuou com Joaquim Morão, Luís Correia e José Augusto Alves”, levando a que “Castelo Branco seja um concelho preparado para o futuro, que soube aplicar, como poucos, os fundos estruturais”.
Assegura que “hoje podemos afirmar que se vive bem em Castelo Branco”, apontando para área como a cultura, o agroalimentar e o Ensino Superior, entre outros, sendo também “uma cidade cada vez mais verde e amiga do ambiente”, referindo-se ao Parque do Barrocal, bem como as obras que estão a avançar ou vão avançar, como o Parque da Cruz do Montalvão e as Hortas do Ribeiro, junto à Rotunda da Europa.
Leopoldo Rodrigues defende, no entanto, que “é preciso mais e melhor. Queremos que Castelo Branco seja um motor de desenvolvimento regional”.

“Continuar a trabalhar para
afirmar Castelo Branco”
Por seu lado, o presidente da Câmara de Castelo Branco, José Augusto Alves, também utilizou a sua intervenção para relembrar diversas datas importantes para Castelo Branco e elogiar o contributo dos ex-presidentes César Vila Franca, Joaquim Morão e Luís Correia, que assistiram à cerimónia, no “contributo para o desenvolvimento da cidade e do Concelho”.
José Augusto Alves também abordou a questão da pandemia, para referir “o papel desenvolvido pela Câmara, em matéria de apoios” e depois avançar que “temos apostado fortemente no imaterial, neste mandato”, dando como exemplos a “Marca Bordar e Receber, os eventos no Concelho, a cultura”, entre outros.
O autarca também falou na distinção de Castelo Branco como Região Empreendedora Europeia (EER) 2021-2022, para chamar a atenção para o facto que “apenas mais uma cidade, Lisboa, em 2015, recebeu a mesma distinção, no País”.
José Augusto Alves terminou com um “compromisso”, no sentido de “continuar a trabalhar pa-ra afirmar Castelo Branco”.

Arte, música e homenagens
em dia de festa
Em dia de festa para a cidade, houve também lugar para a atribuição da Medalha de Ouro da Cidade, com a distinção a ser entregue a Arnaldo Brás, Maria de Lurdes Pombo, Fernando Dias de Carvalho, Manuel Cargaleiro, ACICB – Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa, Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB), Agrupamento de Escolas Afonso de Paiva, Agrupamento de Escolas Amato Lusitano, Agrupamento de Escolas José Sanches e São Vicente da Beira, Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, Bombeiros Voluntários de Castelo Branco, Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Castelo Branco da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Comando Distrital da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Castelo Branco, Comando Territorial da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Castelo Branco, Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) e Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB).
A sessão contou também com um momento musical, com Valéria Carvalho a interpretar o tema Na Mais Profunda Saudade, com que participou na final do Festival da Canção RTP, e já na parte da tarde subiu ao palco para um concerto on-line.
Para além disso foi apresentada e explicada a Medalha Comemorativa dos 250 Anos da Elevação de Castelo Branco a Cidade, da autoria do Albicastrense José Simão, bem como a obra de arte urbana da autoria de António Correia (Pantónio), que foi inaugurada na Rua das Olarias, assim como o busto de Francisco Tavares Proença Júnior, da autoria de José da Silva Teixeira, instalado na Praça Rei D. José. Foi também apresentado o livro Castelo Branco – Uns olhos ficam tristes por partir, uns olhos partem tristes por ficar.
António Tavares

24/03/2021
 

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