TERÇA-FEIRA, NO SALÃO NOBRE DA CÂMARA
António Salvado apresenta Ecos do Trajecto seguido de Passo a Passo
Ecos do Trajecto seguido de Passo a Passo é o título da nova obra da autoria do poeta albicastrense António Salvado, que é lançado na próxima terça-feira, a partir das 18 horas, no Salão Nobre da Câmara de Castelo Branco.
O novo livro, que tem a chancela da A23 Edições, é apresentado por Fernando Paulouro e pelos professores Maria de Lurdes Barata e Costa Alves, assim como pelo presidente da Câmara, Luís Correia.
“Poeta da perfeição e insuperável”, no dizer de Urbano Tavares Rodrigues, António Salvado, além de uma extensa obra poética, é também autor de ensaios e antologias, tendo sido a sua obra reconhecida várias vezes com prémios nacionais e internacionais. Está traduzido em castelhano, francês, italiano, inglês, alemão, búlgaro e japonês. Verteu para português, entre outros, os poetas Cláudio Rodriguez, Ricardo Paseyro e António Colinas.
Licenciado em Letras tem dividido a sua vida profissional pelo ensino e pela museologia e, essencialmente, pela criação poética.
Para a crítica Maria Augusta Silva, “numa leitura (ou releitura) da poesia de António Salvado sente-se o quê? Uma estética do sentir? Uma estética formal? Ambas, por certo, e fazem-se num casamento de equilíbrios, prestando justiça a Schiller quando filosoficamente advoga que, no ser humano, distinguem-se o «impulso sensível» e o «impulso formal», um e outro reciprocamente moderadores no intento da sonhada harmonia. É essa grande harmonia regeneradora que se desenvolve na obra poética de António Salvado”.
Também o crítico Paulo Samuel considera a oficina poética de António Salvado cheia de “planos distintos (por vezes sobrepostos) alcantilam uma poesia que tem o dom de saber de si, ou seja, não sacrifica em ara de artifício para ser moderna, não colhe do escopo alheio a singularidade que a traveja, antes evolve do húmus mais profundo que é a vidência do poeta e abraça nesse movimento espiralado a condição do próprio existir. O sujeito desta poética que rasga os limites do corpóreo é, no entanto, o homem, que no subitâneo espanto interroga a vida e dá voz à presença que o cerca”.
Ecos do Trajeto seguido de Passo a Passo reafirma o itinerário poético salvadiano há mais de meio século a revelar palavras.