Acordo foi assinado esta terça-feira e permite à instituição receber 2,5 milhões de euros nos próximos três anos
Misericórdia de Castelo Branco abre Cuidados Continuados
O contrato-programa para a abertura dos cuidados continuados da Misericórdia de Castelo Branco, foi assinado esta terça-feira e envolve uma verba de 2,5 milhões de euros para os próximos três anos.
“É com reforçada satisfação que estamos aqui depois de alguma dificuldade para que este dia se concretizasse. As coisas estão difíceis, mas com alguma boa vontade vamos caminhando bem no sentido de atingir os grandes objetivos do reforço dos cuidados no Distrito e em particular na cidade de Castelo Branco”, referiu o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).
José Tereso, que se deslocou a Castelo Branco para a assinatura do contrato-programa de acordo para a abertura da Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) da Misericórdia local, disse durante a cerimónia que esta era “uma necessidade sentida e obrigatória”.
“Face à política que tem sido desenvolvida, de trazer camas hospitalares para fora dos hospitais, reforçando a rede hospitalar a nível nacional, na Região Centro temos já um número (de camas) que é dos melhores no País”, adiantou.
O acordo assinado entre a Misericórdia local, a ARSC e o Centro Distrital de Castelo Branco da Segurança Social, prevê a abertura da UCCI sexta-feira, sendo que foram contratualizadas 10 camas de média duração e 30 de longa duração.
O período de vigência do contrato-programa é de três anos e envolve uma comparticipação de 2,5 milhões de euros por parte dos ministérios da Saúde e da Solidariedade e da Segurança Social.
O presidente do Centro Distrital de Castelo Branco da Segurança Social explicou que para os próximos três anos, “a comparticipação dos ministérios (Saúde e da Segurança Social) abrange 2,5 milhões de euros. É muito dinheiro”.
Melo Bernardo, que se mostrou “duplamente satisfeito”, enquanto albicastrense e diretor da Segurança Social distrital, sublinhou que quando a UCCI foi projetada inicialmente, “houve contas e planeamento que não foram feitos. Num país com grandes dificuldades, pôr tudo momentaneamente a funcionar não é fácil”.
“Como albicastrense sentia e a gente desta terra sentia esta necessidade premente de apoio de retaguarda relativamente ao internamento hospitalar. Era difícil aceitar que tendo estas condições extraordinárias, que tivéssemos que colocar os nossos cidadãos em terras distantes”, referiu.
Melo Bernardo sublinhou ainda que “houve empenho de todos, sei das pressões, no bom sentido, que foram feitas, mas a verdade é que abriu (a UCCI) no momento em que foi possível abrir. O dinheiro não abunda e quando não abunda temos que ser muito criteriosos no que fazemos”.
O diretor distrital da Segurança Social sublinhou ainda a contribuição que a Câmara de Castelo Branco teve na construção da UCCI, bem como o papel do ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Mota Soares, e do ex-secretário de Estado da Segurança Social, Marco António Costa.
O provedor da Misericórdia de Castelo Branco disse que este “é um dia importante não só para a Misericórdia, mas, sobretudo, para a cidade de Castelo branco”
Cardoso Martins disse que os albicastrenses “têm pleno direito de usufruir de serviços desta natureza na cidade” e acrescentou que não fazia qualquer sentido que “a capital da Beira Baixa e o Concelho mais populoso do Distrito, acabassem por ficar desprovidos de serviços que tanta falta fazem”.
O provedor da Misericórdia local realçou ainda o papel que José Tereso e Melo Bernardo tiveram em todo o processo de abertura da UCCI.
“Tudo isto leva sempre muito tempo a resolver e se não fosse o empenho deles, se calhar levava ainda mais tempo”, concluiu.
A construção da UCCI custou à Misericórdia de Castelo Branco cinco milhões de euros e ficou concluída em dezembro de 2012. Desde então, a sua abertura foi alvo de constantes adiamentos.