Na Grécia Antiga a política era uma causa nobre. Uma situação que ainda se deveria manter na atualidade, tanto mais que os bons ensinamentos devem ficar. Ensinamentos como os que nos foram legados, entre outros, por Sócrates, Platão, Aristóteles, Péricles e Demóstenes.
Mas, infelizmente, parece não ser esse o entendimento de muitos dos nossos políticos, porque, a grande maioria fala muito na causa pública, mas defende-a pouco.
A prova mais recente disso é a Lei do Financiamento dos Partidos, que foi aprovada por quase todos os partidos. Mas, como se veio a saber, tanto a sua discussão, como a sua aprovação foi feita de modo quase secreta.
A questão que se coloca é o porquê desta forma de atuar. Será que os políticos e os partidos ainda acreditam que as suas ações não são minimamente escrutinadas pela população?
Sim, cada vez é mais difícil esconder seja aquilo que for da opinião pública, até porque, felizmente, a Comunicação Social está sempre disponível para denunciar aquilo que está mal ou menos bem.
A Lei do Financiamento dos Partidos veio revelar que afinal, quando querem, as forças partidárias conseguem chegar a decisões, em consenso. O negativo é que isso só acontece quando os partidos ou os políticos são os principais interessados. Por sinal, uma situação que não os deixa nada bem aos olhos da opinião pública.
É por estas e por outras que os partidos não se podem queixar da pouca credibilidade que têm, o que só mudará no dia em que a política voltar a ser uma causa nobre, mas, para isso, certamente só com a saída dos muitos políticos à força que existem e com a entrada de quem se interesse realmente pela causa pública.

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