Ricardo Teodósio e José Teixeira, em Skoda Fabia R5, foram os vencedores do Rali de Castelo Branco, disputado no passado fim de semana, 30 de junho e 1 de julho. Uma vitória que, claro está, teve um sabor especial para o piloto, por ser a primeira à geral, pelo que a prova organizada pela Escuderia Castelo Branco (ECB), certamente ficará gravada não só no seu palmarés, como na sua memória.
De resto, na cerimónia do pódio, Ricardo Teodósio revelou toda a sua satisfação, ao afirmar que “sinto-me muito feliz. É uma experiência nova. Já tínhamos vitórias em Grupo N, mas não é o mesmo que à geral”.
O piloto acrescentou ainda que “este ano voltámos com um R5 e graças a toda a equipa, aos patrocinadores, à minha mãe e a todos os que estão connosco, fizemos uma boa escolha de pneus, escolhemos um bom setup no carro e conseguimos alcançar a vitória” e sublinhou que “os nossos colegas fizeram uma escolha de pneus que não foi a mais apropriada, mas as corridas são mesmo assim. Eu já perdi muitas corridas por poucos segundos, sem ter cometido nenhum equívoco ou fazer uma escolha de pneus menos acertada”.
A vitória de Ricardo Teodósio é tanto mais valiosa, se se considerar que emoção foi o que não faltou no Rali, com o vencedor a ser conhecido após a 10º e última prova especial de classificação (PEC).
Logo no início da prova, a dupla espanhola Pepe Lopez/Borja Rozada, aos comandos do Citroën DS3 R5, até agora pilotado por José Pedro Fontes, arrancou a todo o gás e logo na primeira classificativa conquistou a liderança, com uma confortável vantagem em relação aos adversários, apesar da resposta que estes deram nos troços seguintes, sendo um ganho por Ricardo Teodósio, outro pela dupla José Pedro Fontes/Paulo Babo, que estreou o Citroën C3 R5 em asfalto, e um último por João Barros/António Costa, em Ford Fiesta R5.
Mas, e há sempre um mas, a superespecial não podia ter corrido pior a Pepe Lopez, que devido a um erro de percurso foi penalizado em três minutos e 30 segundos pelo colégio de comissários.
Assim, no segundo dia de prova, o piloto espanhol caiu para a 16ª posição, ficando na liderança José Pedro Fontes, seguido de João Barros e Ricardo Teodósio. Que mantiveram as posições até ao início da tarde, quando faltavam cumprir três troços, que foram ganhos por Pepe Lopez, que não baixou os braços e, por isso, ainda consegui subir à sétima posição.
Nestes três especiais Ricardo Teodósio mostrou ao que vinha e foi ganhando tempo, até que no último troço saltou para liderança, deixando no segundo lugar José Pedro Fontes, a 5,2 segundos, e João Barros a 9,2 segundos.
O líder do Campeonato, Armindo Araújo, acompanhado por Luís Ramalho, em Hyundai i20 R5, ficou no quarto lugar, a 9,5 segundos do vencedor. Classificação que lhe permitiu manter a liderança.
De resto a emoção do Rali de Castelo Branco está bem patente na diferença de tempos entre os quatro primeiros classificados, pois entre o primeiro e o quarto não chega aos 10 segundos.
Mas o Rali teve muitos mais motivos de interesse e luta desportiva nas várias em que a prova pontuava, com destaque para o Peugeot Rally Cup Iberia, em que a vitória entre os pilotos dos Peugeot 208 R2 também foi acalorada.
António Tavares

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