ESTUDO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA REVELA
Idanha-a-Velha tem o batistério mais antigo da Península Ibérica
A Universidade de Coimbra anunciou que uma equipa de investigadores das universidades de Coimbra, de Vigo e da Corunha publicou um estudo que revela a data de construção dos dois batistérios de Idanha-a-Velha, identificando um deles como o mais antigo que se conhece na Península Ibérica.
Com base em análises físico-químicas e arqueológicas, foi possível situar a construção de uma das piscinas batismais na segunda metade do Século IV, quando o território pertencia ao Império Romano. O batistério, como explica Pedro C. Carvalho, que é professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), é, até agora, “o mais antigo que se conhece na Península Ibérica, sendo um dos sinais mais recuados e importantes da presença do cristianismo no território atualmente português”.
O estudo foi realizado no âmbito do projeto de investigação arqueológica Igaedis, atualmente a decorrer na aldeia histórica de Idanha-a-Velha, liderado por investigadores da Universidade de Coimbra e da Universidade Nova de Lisboa e enquadra-se num protocolo estabelecido entre essas universidades, a Câmara de Idanha-a-Nova e a Direção Regional de Cultura do Centro. O artigo foi publicado na revista Archaeological and Anthropological Sciences.
Construídos junto das primeiras igrejas, os batistérios eram espaços onde se ministrava o sacramento do batismo por imersão, antecedendo as pias batismais que surgiram posteriormente, na Idade Média, mais concretamente no Século XI.
Idanha-a-Velha, a antiga Egitânia, foi sede episcopal durante o período suevo-visigótico, nos séculos V a VII, sendo um dos mais notáveis sítios arqueológicos portugueses.