Nas Bancas à 4ª feira
Facebook
 

Edição:

| Ano |

Error parsing XSLT file: \xslt\NTS_XSLT_Menu_Principal.xslt

6 de novembro de 2019

EDITADA PELA A23 EDIÇÕES EM PARCERIA COM A QUINTA DOS TERMOS
Gonçalo Salvado dirige coleção de poesia que une poesia e vinho

O poeta Gonçalo Salvado vai dirigir uma coleção de poesia intitulada Lumen Pintura Poesia e Vinho, editada pela A 23 Edições, em parceria com a Quinta dos Termos. Trata-se de uma coleção de poesia, única no panorama editorial português, cujas obras surgem em original formato livro/garrafa numa união que pretende efetivar materialmente a relação simbólica e milenar entre o vinho e a poesia.
A referência ao vinho na poesia e na literatura ocupa um lugar privilegiado ao longo de toda a história da humanidade. Nenhuma outra bebida foi tão citada literariamente e se prestou tanto a comparações. Desde os primeiros textos conhecidos, que a literatura refere o vinho, inclusive a própria Bíblia, no seu célebre poema Cântico dos Cânticos. Este poema identifica-se como exemplo maior, visto que utiliza a figura do vinho oito vezes como metáfora.
Lembre-se, também, o lugar de proeminência que o tema do vinho ocupa na poesia persa, com Rubaiyat, de Omar Khayyam, Pérsia, 1048–1131, ou na árabe, onde o vinho expressa, em simultâneo, o enamoramento e o gozo profano, o êxtase e embriaguez mística.
Já na modernidade, lembre-se o valor que atribuem ao vinho poetas marcantes como Baudelaire (França, 1821-1867) ou Neruda (Chile, 1904 – 1973) que lhe teceu uma Ode inesquecível.
O vinho tem sido utilizado como metáfora amorosa por excelência ou como símbolo de iniciação e conhecimento em culturas como a grega, hebraica, cristã, chinesa ou hindu. Como elucidou um autor brasileiro recentemente: “Como fonte imorredoura de alegria, alucinação, relaxamento e prazer, o vinho é nascente segura de poesia e arte e talvez seja a própria disposição para poetas e artistas. (…) O vi-nho, para muitos autores, representa vida e morte, cuja compreensão se faz tão misteriosa quanto o processo produção da bebida”.
A coleção Lumen foi inaugurada com o livro de poesia Cântico dos Cânticos, de Gonçalo Salvado, longo poema inspirado no célebre livro bíblico do amor, em versão bilingue (Português/Italiano), ilustrado com desenhos do escultor Francisco Simões e prefaciado pelo ensaísta e crítico de poesia Fernando Guimarães, contando ainda com texto de abertura de Maria João Fernandes. A obra tem design gráfico de Mariana Almeida. A tradução para o Italiano é da poetisa e tradutora italiana Stefania Di Leo (poema) e de Anna Antonini (restantes textos).
A sua primeira apresentação ocorreu, no passado mês, em Salamanca, Espanha, na Faculdade de Filologia da Universidade de Salamanca, no contexto do XXII Encuentro de Poetas Ibero-americanos organizado pela Fundación Salamanca Ciudad de Cultura y Saberes sob a direção do poeta peruano espanhol Alfredo Pérez de Alencart, Professor da Universidade de Salamanca. O evento intitulado Llama de Amor Viva, foi consagrado à figura ímpar de S. João da Cruz (Espanha, 1542 – 1591) e à memória de Eunice Odio (Costa Rica, 1919 – México, 1974), dois poetas tributários e profundamente marcados pela influência e leitura apaixonada do Cântico dos Cânticos.
O livro de Gonçalo Salvado foi seguidamente apresentado, a 27 de outubro, no quadro do Festival Literário da Gardunha, no Fundão, organizado por Margarida Gil dos Reis, em colaboração com Ricardo Paulouro, e com a Câmara do Fundão.
Maria João Fernandes escreve, no texto de abertura a Cântico dos Cânticos, de Gonçalo Salvado: “Neste seu atual livro/garrafa para além destas grandes referências que já pertencem ao património da humanidade refletem-se ainda as poesias de amor do Egito, da Mesopotâmia e árabe, caras ao autor, e que associam o amor e o vinho e a grande poesia do Ocidente, mas sem ofuscar, antes realçando, a fonte original do seu próprio estilo, alimentado pelo caudal luminoso das suas metáforas, no fundador diálogo com o Cosmos que é o de toda a verdadeira poesia”.
Recorde-se ainda que o vinho num contexto amoroso é por sua vez o tema da primeira antologia de poemas de Gonçalo Salvado, ilustrada com desenhos do escultor José Rodrigues, publicada por esta mesma editora e com o mesmo formato (2017) em homenagem ao Rubayat do poeta persa do Século XI Omar Kayyam, obra cume da poesia universal que, a par do Cântico dos Cânticos, mais referencia e enaltece o vinho. Esta antologia de Gonçalo Salvado constituiu-se na altura o primeiro livro/garrafa editado em Portugal.

06/11/2019
 

Outros Artigos

Em Agenda

 
23/03 a 26/05
No Fundo do PratoMuseu do Canteiro, Alcains
11/04 a 02/06
Murais Artísticos de abril Centro Cultural Raiano, Idanha-a-Nova
tituloNoticia
22/04 a 26/04
25 Abris em LiberdadeSede do Váatão, em Castelo Branco
27/04
TaxiCine-Teatro Avenida, Castelo Branco

Gala Troféu Gazeta Atletismo 2022

Castelo Branco nos Açores

Video