Numa parceria com a Embraer
Laboratório do ISQ em Castelo Branco testa asa em material compósito
O Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) está a efetuar no laboratório de Castelo Branco, ensaios em solo de uma semiasa desenvolvida em material compósito pela Embraer.
O projeto está centralizado nas instalações do ISQ, em Castelo Branco, e consiste na realização de uma série de ensaios estáticos, dinâmicos e de impacto na aero-estrutura, na inspeção de materiais, utilizando técnicas avançadas de inspeção não destrutiva e na realização de campanhas preliminares de ensaios mecânicos e de impacto.
“Este teste específico da semiasa em compósito que agora foi iniciado, irá prolongar-se por 10 meses”, explicou o vice-presidente do ISQ, Joaquim Guedelha, quinta-feira, durante a apresentação dos testes.
No projeto desenvolvido no laboratório do ISQ em Castelo Branco foram investidos quatro milhões de euros só na parte física, adiantou o vice-presidente do ISQ que realçou ainda a importância deste projeto para Portugal.
“Este é um passo importante para o País, dado que o colocar empresas de produção de componentes num país é fácil, tal como deslocalizar empresas para outro país. Muito difícil é se uma fábrica quiser levar o centro de competência de desenvolvimento de produto. Aí elas fixam-se onde têm o desenvolvimento de produto”, disse.
Joaquim Guedelha sublinhou que é isso que a Embraer está a fazer em Évora, mas para fazer esse desenvolvimento, “precisa de prestadores de serviços com as competências como o ISQ tem”.
Entretanto, o presidente da Embraer Portugal, Paulo Marchioto, explicou que esta parceria com o ISQ nasceu em 2011.
Este responsável adiantou ainda que este projeto dá a oportunidade à Embraer de construir uma asa em materiais compósitos, caso assim a empresa o decida.
“Isto irá capacitar-nos a construir uma asa. Trata-se de um projeto voltado para o futuro. Se a Embraer decidir que um produto irá ter uma asa em compósito, a fábrica de Évora estará capacitada para a fazer”, sublinhou.