Num jogo com a Serra da Estrela nevada como pano de fundo, os jogadores de ambas as equipas correram (quase) para aquecer.
Numa primeira parte com algum domínio para a equipa do Águias do Moradal, a primeira vez que o guardião do clube da casa foi colocado à prova foi à passagem da meia hora de jogo, ao fazer uma grande intervenção após cobrança de um pontapé livre de José Augusto.
O Clube Académico do Fundão não conseguia incomodar Eduardo e a equipa do Estreito explorava a velocidade de Lamine que, constantemente, deixava para trás os adversários que lhe apareciam à frente, mas a equipa não conseguia finalizar as ocasiões com sucesso. Foi precisamente através de uma jogada de Lamine que nasce a grande penalidade que Hugo Brito, aos 44', concretizou em golo para os visitantes.
O Fundão voltou dos balneários com vontade de virar o resultado. Entrou mais pressionante em jogo, tentaram chegar mais vezes à baliza mas faltava algum discernimento à equipa de Joca. Do outro lado, Lamine Djassi continuava muito acutilante e era pelo seu lado que os estreitenses causavam maior perigo. Acabaria por sair tocado, após várias entradas duras dos adversários.
Aproximando-se o apito final, aproveitando a má finalização da equipa do Estreito, o Fundão foi crescendo no jogo e obrigou a equipa comandada por Francisco Pires (Chiquinho) a jogar “feio” em algumas ocasiões, em prol do resultado.
No final, resultado justo, não pelo domínio inquestionável do Águias do Moradal, mas pela falta de ocasiões do Fundão que nunca causou realmente frisson à equipa vencedora.
Joca, como já vem sendo hábito, queixou-se da arbitragem, enquanto Francisco Pires lamentou a falta de acerto da sua equipa, o que tornou o jogo mais complexo. No entanto, mostrou-se satisfeito por ver uma equipa “segura, focada e muito unida” neste jogo.
O Águias do Moradal mantém-se assim no topo da classificação, a par do Alcaíns que goleou por 4-0 o Proença-a-Nova.

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