O antigo quartel dos Bombeiros Voluntários de Castelo Branco, localizado na Avenida Nuno Álvares, no centro da cidade, já é propriedade do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP, IP), uma vez que a escritura foi assinada ontem, terça-feira.
Recorde-se que o espaço agora adquirido pelo IEFP, por pouco mais de 400 mil euros, era propriedade da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Castelo Branco e além do edifício que se pode ver da Avenida, onde esteve instalado o quartel dos Bombeiros, incluiu também, nas traseiras, diversas casas de habitação, onde residiam alguns bombeiros.
Após a assinatura da escritura o delegado regional do IEFP, Alberto Costa, afirmou à Gazeta que este foi um ato “concreto, mas também muito simbólico, uma vez que corresponde a um anseio muito antigo, de modo a dar melhores condições aos trabalhadores e aos utentes”.
Alberto Costa não esconde que “os serviços de emprego em Castelo Branco estavam muito mal instalados, sendo dos piores a nível nacional”, adiantando que foi uma situação que se procurou ultrapassar, mas, “ao longo dos anos, sempre surgiu algum obstáculo”.
Por isso salienta que, “hoje, começa uma nova etapa, em que as prioridades são a dignidade e a qualidade dos serviços a prestar”, com base “em serviços condignamente instalados. Algo que não tínhamos, porque o espaço, tanto para os trabalhadores, como para os utentes era limitado”.
Realça inclusive que “para a realização de muitas ações, por exemplo, de formação, tínhamos de recorrer a instalações privadas”.
Algo que se altera agora, salientando que “Castelo Branco há muito tempo que o merecia”.
Alberto Costa adianta ainda que “o estudo prévio para o espaço já existe” e garante que o processo “será acelerado o máximo possível”, admitindo que “num cenário realista” a mudança para as novas instalações poderá ocorrer no final do próximo ano ou no início de 2018.
Por seu lado, a vogal do conselho diretivo do IEFP, Ana Coelho, realçou que “faz parte das preocupações do conselho criar condições para o serviço público de emprego. Criar condições para trabalhadores e utentes”.
Por isso realça que “Castelo Branco, que tem cerca de cinco mil utentes, estava sinalizado”, mas sublinha que “só agora estavam criadas as condições para dar o pontapé de saída para a criação de um serviço de emprego com as condições que são necessárias”.
Ana Coelho garante ainda que “estamos muito empenhados em muito rapidamente ter um projeto de arquitetura e dar início às obras”.
António Tavares

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