O Núcleo de Castelo Branco do Bloco de Esquerda (BE), depois de recordar, em comunicado, o processo que envolve o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, afirma que “sabe-se agora, pela Imprensa regional, que o visado ainda vai apresentar recurso junto do Tribunal Constitucional, no sentido de reverter a sentença validada nas instâncias referidas, mantendo-se assim na liderança da Câmara Municipal de Castelo Branco”.
Para os bloquistas “as ilegalidades cometidas foram amplamente confirmadas e o autarca, que inicialmente declarou tratar-se de «um lapso evidente e ostensivo», continua a manifestar um apego inadmissível ao poder, com o claro intuito de manter funções até ao final do mandato que ocorre em 2021”.
Perante isto o Bloco de Esquerda defende que “o poder local não pode continuar a pactuar com estas práticas, sob pena de se perpetuar o défice da transparência autárquica, sem os valores que abril quis introduzir na sociedade portuguesa, sem a responsabilidade política da gestão da causa pública, sem respeito pelos eleitores que são os destinatários das decisões tomadas”.
No comunicado é também recordado que “em maio de 2019, o Núcleo Concelhio de Castelo Branco do Bloco de Esquerda quis ver esclarecidos os vários casos conhecidos que envolveram eleitos e dirigentes do Partido Socialista, como é este caso”, para destacar que “todo este rol de situações, que envolvem dinheiros públicos, devem ser devidamente punidos. A democracia assim o exige e aguardamos que as responsabilidades políticas sejam assumidas, sob pena do edifício democrático continuar a ser minado e darem razão a todos aqueles que querem regressar a um passado distante e que já regista alguns afloramentos a nível europeu”.

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