NAS INSTALAÇÕES DA DIELMAR, EM ALCAINS
Grupo Valérius quer produzir 400 fatos por dia
O Grupo Valérius, que adquiriu a Dielmar depois desta ter falido, prevê, quando estiver em velocidade de cruzeiro, produzir 400 fatos por dia nas instalações fabris de Alcains. O número foi avançado pelo presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, no início da sessão do executivo realizada esta segunda-feira, 18 de abril.
Leopoldo Rodrigues adianta que numa reunião mantida com o Grupo Valérius lhe foi comunicado que “mais de 200 pessoas estão a receber formação”, tratando-se “não apenas de ex-colaboradores da Dielmar, mas também alguns que não pertenciam”, revelando também que o objetivo passa por “contratar todas as pessoas que estão em formação”, bem como que, “no futuro, haverá mais formação”.
O autarca avança igualmente que, numa primeira fase, o objetivo é confecionar “200 fatos por dia, mas o objetivo é chegar aos 400 fatos por dia”.
Já noutra vertente, Leopoldo Rodrigues avança que “ Grupo Valérius também comprou a antiga loja da Dielmar localizada na Avenida 1.º de Maio, pelo que os fatos da Dielmar continuarão a ser comercializados na cidade”.
Na mesma reunião de Câmara, o SEMPRE – Movimento Independente, através da vereadora Ana Teresa Ferreira, apresentou um requerimento que aponta para que “cada junta de freguesia e união de freguesias do Concelho receba uma verba de 15 mil euros”, com a finalidade a enfrentar as dificuldades resultantes da pandemia de COVID-19”. Requerimento que levou Leopoldo Rodrigues a questionar Ana Teresa Ferreira se sabia os valores das transferências realizadas pela autarquia para cada junta de freguesia ou união de freguesias. Questão a que Luís Correia, do SEMPRE, quis responder e que levou à troca de alguns galhardetes, envolvendo Luís Correia e Leopoldo Rodrigues.
Luís Correia centrou também a sua atenção na área da saúde, ao realçar que “importa olhar para as dificuldades da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), nomeadamente o Hospital Amato Lusitano (HAL) de Castelo Branco enfrenta. O vereador do SEMPRE referiu, por exemplo, que o HAL “enfrenta dificuldades”, porque “diversos serviços estão em ponto crítico no que se refere a médicos”, ou seja, por falta destes profissionais de saúde, adiantando que se prevê que o problema se agrave, devido à saída de alguns.
Acrescenta que “os apoios à mobilidade de médicos para o Interior são insuficientes”, assim como que “há que sensibilizar o Governo para termos mais médicos”, denunciando inclusive que, “infelizmente, o HAL não tem sido beneficiado”, fazendo “a comparação com o Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB)”.
Também pela parte do SEMPRE, Jorge Pio, que participou na reunião remotamente, chama a atenção para a necessidade de “atualização do regulamento de apoio à aquisição de medicamentos”. Com base numa “evolução contínua”, defende a “criação de um expediente, ou cartão, para que a comparticipação ser diretamente aplicada no momento da aquisição dos medicamentos”. Isto de modo a facilitar o processo para os beneficiários, uma vez que o modelo que está em vigor faz com que “os medicamentos sejam pagos, depois é preciso entregar os recibos na Câmara, o que não é fácil para os beneficiários”, sublinhando que “isso é muito difícil para muitos deles, principalmente para os que têm problemas de mobilidade”.
Depois da ordem de trabalhos, em que todos os pontos foram aprovados por unanimidade, a sessão de Câmara contou ainda com a intervenção do público, com Maria Justina Antunes a alertar para o facto que “o abrigo da paragem de autocarros existente junto ao Parque de Campismo de Castelo Branco, que existia há mais de 40 anos, foi retirada”. Um problema, pois como a cidadã chamou a atenção, muitas pessoas que vivem na área do Parque de Campismo apanham ali o autocarro e não têm nada que as abrigue das condições meteorológicas enquanto aguardam.
Um problema que Leopoldo Rodrigues garante que será analisado, de modo a que seja ultrapassado.
António Tavares