Edição nº 1741 - 11 de maio de 2022

CULTURA
Aula de António Salvado enche Biblioteca Egas Moniz

A Biblioteca Egas Moniz, da Escola Secundária Nuno Álvares (ESNA) de Castelo Branco acolheu, dia 27 de abril, a Aula de António Salvado que, recorde-se, resulta de uma parceria entre o Agrupamento de Escolas Nuno Álvares (AENA), a Junta de Freguesia de Castelo Branco e a Real Associação da Beira Interior.
A sessão teve início com a leitura de um poema de António Salvado pela aluna Maria Valente.
António Salvado começou por salientar que as aulas “serão, acima de tudo, amistosos encontros durante os quais se trocarão ideias sobre variados ramos do saber, em particular no que à língua e à poesia portuguesas dizem respeito. Nunca uma relação de professor com aluno”.
Nesta aula António Salvado começou por apurar o sentido etimológico dos substantivos aula e professor, evidenciando neste último nome um sentido menos conhecido: o ser professor, aquele que professa, que segue uma determinada crença ou religião. “Em simples nota de presença, impossível se torna resumirmos todos os segmentos daquela ramificação. Resumamos, apressadamente entregando relevo às interpretações da palavra de Deus no Génesis 1º livro do Antigo Testamento, com o início do Evangelho de São João; a leitura tão original do Padre Teilland de Chardin sobre a hominização, em tentativa bem sucedida para muitos de conciliação com da ciência com a Fé; ao aparecimento dos nossos antepassados há 30 mil anos e a «sua entrada na terra» (na expressão admirável do próprio Teilland de Chardin); as hipóteses quanto à descoberta da linguagem, da associação de sons a significados e a preocupação em se fixarem os sons em suporte gráficos (alfabeto) e a formação das línguas; resta, a indiscutível existência da língua indo-europeia, a dominar a Europa e largo território da Ásia Ocidental. E, nesta prespectiva, o facto de a partir desta única língua se terem formado diversos ramos linguísticos e, entre eles, o ramo itálico do qual faria parte a língua latina – língua que os exércitos romanos espalhariam pela nossa Península, dando origem às línguas românicas peninsulares, entre as quais o Português”.
O poeta Albicastrense sublinhou que “o que acabamos superficialmente de resumir constitui um pálido apanhado, ao correr da pena, das muitas permissivas, sugestões, hipóteses e conclusões sobre assuntos, temas, princípios cuja revelação entusiasmou a larga assistência de… alunos a esta primeira Aula”.

11/05/2022
 

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