NO FESTIVAL DE GASTRONOMIA DO MARANHO
GNR e David Carreira são cabeças de cartaz
O Festival de Gastronomia do Maranho da Sertã começa esta quinta-feira, 14 de julho, e prolonga-se até domingo, 17 de julho.
O evento decorre ao ar livre e o palco principal será instalado na Alameda Carvalha, junto à Ribeira da Sertã, mas por toda a vila haverá inúmeros pontos de animação, cultura e lazer, permitindo que todos os visitantes se sintam envolvidos, com muitas atividades tradicionais e concertos.
O programa começa esta quinta-feira, 14 de julho, com a animação a sair à rua a partir das 16 horas com grupos locais, na Rua Cândido dos Reis. A partir das 17h30 tocam os Tambores de Casal de Madalena, um grupo de música popular da povoação de Casal de Madalena, Cernache de Bonjardim, com uma sonoridade muito típica e tradicional.
Às 18h30 abrem os stands e realiza-se a a inauguração oficial do Festival, presidida pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, seguido das atuações da Sociedade Filarmónica Aurora Pedroguense, instituição centenária com sede na vila de Pedrógão Pequeno, e das Concertinas da Sertã, grupo com fortes raízes na música tradicional portuguesa, adaptando o seu som ao toque característico das concertinas.
A partir das 21 horas atuam os Marauders e às 22h30 o cantor norte-americano Chuck Wansley, que reside atualmente em Pedrógão Pequeno, acompanhado da Orquestra de Jazz do Porto. A partir das 23h30 a animação é assegurada pelos DJ Gonçalo Henriques e Cromos da Noite, no Palco DJ.
Sexta-feira, 15 de julho, a animação de rua começa às 11 horas, com Vasco Santos, seguindo-se, às 12 horas, o showcooking Senhor Cozinheiro, com o chef Tiago Antunes, no Espaço Freguesias, onde se cozinhará o maranho, mesmo a tempo do almoço. Mais tarde, às 17h30, a animação cabe à dupla Paloma & Luís, dois jovens músicos da região, que construíram recentemente este projeto musical com sonoridades muito diversas e que atuarão no Largo do Pelourinho. Os stands abrem normalmente às 18h30 e às 19 horas atua o Grupo de Cavaquinhos da Sertã, que integra nas suas fileiras cerca de 15 tocadores, a grande maioria seniores, que interpretam grandes clássicos do cancioneiro nacional português e que tem a coordenação do músico Pedro Bargão. Às 20 horas sobe ao palco o Grupo de Animação Seca Adegas, uma presença já habitual nas festividades da Sertã, de onde é originário, apresentando um repertório centrado na música tradicional portuguesa, seguido, às 21 horas, da cantora Sónia Costa, semifinalista do programa Chuva de Estrelas e vencedora da Noite de Sonho, na SIC.
Às 22h30, sobem ao Palco 1 os GNR.
Sábado, 16 de julho, o programa começa bem cedo, com a Corrida e Caminhada do Maranho, uma iniciativa que compreende uma prova de atletismo e um passeio pedestre. A organização é da responsabilidade do Centro de Cultura e Desporto do Pessoal da Câmara Municipal da Sertã (CCD Sertã) e decorre pelas ruas da Sertã, contemplando vários escalões etários.
Às 10h30 atuam os Brass Fusion, um agrupamento musical, constituído por músicos da Sertã, que adapta de forma animada vários êxitos pop-rock com um estilo próprio e muito alegre.
Ao meio-dia o chef André Ribeiro dinamiza um showcooking que incidirá sobre as tradições gastronómicas com o principal foco das suas propostas no maranho.
À tarde, às 16 horas, tocam os The Memphis Trio, um grupo de músicos britânicos radicados na região, que interpretam músicas do estilo rockabilly.
Às 23 horas está prevista a atuação de David Carreira, no Palco 1, que promete animar a noite de sábado, que termina com os DJ Hugo Rafael e I Love Baile Funk, no Palco DJ.
Domingo, 17 de julho, os stands abrem às 10 horas e a partir das 14 horas há atividades para a família no Jardim da Serrada, onde se realizam várias oficinas e aprendizagens direcionadas às crianças e à família.
Durante o dia há ainda a atuação de vários ranchos folclóricos da região, nomeadamente do Rancho Folclórico de Pedrógão Pequeno, do Rancho Folclórico e Recreativo do Clube Bonjardim, do Rancho Folclórico e Etnográfico de Cernache de Bonjardim, aos quais se junta a Escola de Acordeão da Sertã. À noite, a partir das 21 horas, atuam, no Palco 1, os Nightmare & The Wolfmen Trio, grupo constituído por músicos da Sertã liderado por Rui Martins, que se dedica a revitalizar os pioneiros do rock com rebeldia e simplicidade.
O Festival de Gastronomia do Maranho termina com um concerto da Orquestra de Sopros da Filarmónica União Sertaginense e um espetáculo piromusical, às 23h30.
A Câmara da Sertã realça que “o Festival de Gastronomia do Maranho posiciona-se como um encontro gastronómico e uma referência na Região Centro. Mas não só, é também um festival de costumes e tradições que pretende dar palco a atividades culturais e familiares, através de demonstrações e oficinas desenvolvidas em exclusivo pelas freguesias da região. Contudo, de forma a reforçar a oferta e levar os turistas a conhecer um pouco melhor uma das vilas mais bonitas da Beira Baixa, este ano o Festival decorrerá um pouco por toda a vila, tendo o leque de restaurante e oferta gastronómica sido alargados, levando os visitantes a explorar diversos cantinhos da Sertã e desafiando-os a experimentar o maranho cozinhado pelos restaurantes mais emblemáticos do município, descentralizando o mesmo. Ao longo dos quatros dias em que decorre o Festival de Gastrono-mia do Maranho, o destaque será principalmente este prato tão típico da Beira Baixa, mas haverá também espaço para outros petiscos gastronómicos locais, como doces, vinhos, queijos e charcutaria. Outras atividades primárias relacionadas com a área agroalimentar e o comércio local tradicional serão igualmente reconhecidas por todo o espaço”.
Recorde-se que o maranho é uma das iguarias mais típicas da Sertã, caracterizando-se como um ensacado fresco, com séculos de tradição. Consiste na mistura de vários tipos de carnes, especialmente carne de cabra, sendo que a sua criação é bastante frequente na região. As carnes são depois apertadas e envolvidas no bucho da cabra, juntamente com arroz, especiarias e a conhecida hortelã que lhe dá o toque e aroma tão característico. Um dos segredos da confeção e atributos deste prato é a frescura da hortelã, que se verifica sobretudo nos meses mais quentes e razão pela qual o Festival decorre em julho. Esta planta aromática e a qualidade da mesma faz toda a diferença no resultado final deste petisco regional.