CASTELO BRANCO
Tribunal condena incendiário a 25 anos de prisão efetiva
O Tribunal de Castelo Branco condenou, no passado dia 26 de outubro, o engenheiro eletrotécnico de 39 anos, residente no Concelho de Sertã, acusado de 16 crimes de incêndio florestal, um deles agravado pelo facto de ter provocado um ferido grave, a 25 anos de prisão efetiva, que é a pena máxima em Portugal.
A aplicação desta pena considerada exemplar resultado do coletivo de juízes presidido por João Mateus ter dado por provados os factos, o que levou à condenação a uma pena de nove anos de prisão por cada um de 15 dos 16 incêndios, sendo que no caso do incêndio que originou um ferido grave, a pena foi de 11 anos de prisão.
O coletivo de juízes destacou na leitura da sentença, como noticia a agência Lusa, que o engenheiro eletrónico “usou as competências para para construir engenhos incendiários ao longo de dias, meses e anos”, sendo por outro lado realçado que de acordo com perícias psiquiátricas o arguido “sempre teve total capacidade de se autodeterminar e nunca esteve ausente da realidade”.
De referir que também foi considerado procedente o pedido de indemnização civil feito pelo Ministério Público e pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, no valor de 4,4 milhões de euros, por ter sido esta a verba gasta pelos meios que combateram os incêndios.
Entretanto, o advogado do engenheiro eletrotécnico afirmou à agência Lusa que vai recorrer da sentença.