Edição nº 1852 - 10 de julho de 2024

José Dias Pires
É MUITO FÁCIL FALAR, PIOR É FAZER, DIZ, SABIAMENTE, O POVO

Ninguém duvida que a ORU - Operação de Reabilitação Urbana da zona histórica de Castelo Branco se consubstancia como um enorme desafio para toda a comunidade albicastrense que tem como principais objetivos a reabilitação do tecido urbano e dos edifícios situados na zona histórica, promover a valorização do património e fomentar a revitalização urbana, sendo, no seu conjunto indispensável para trabalhar com conhecimento, sustentabilidade e segurança, a ARU — Área de Recuperação Urbana da Zona Histórica de Castelo Branco (apresentada em 2019).
Importa lembrar que a recuperação urbana da zona histórica de Castelo Branco é um desafio que devia ter sido começado a responder há mais de quarenta anos.
Por isso, a que a todos os que tiveram responsabilidades autárquicas é exigida autocrítica pelo que não se fez para aprofundar o que apenas executivos do PS, de forma reconhecidamente importante, mas ainda insuficiente, levaram efetivamente a efeito na zona histórica da nossa cidade: infraestruturação significativa, edificação de referência (Museu Cargaleiro, Centro de Interpretação do Bordado, Casas do Arco do Bispo e do Forno) e recuperação do edificado depauperado (a necessitar de maior dimensão).
A vizinhança atenta a que nos devemos obrigar, consubstancia o dever de assumir que somos aquilo que fazemos de palpável, de concreto, e, se assim é, corremos o risco de ser e ter sido traídos pelas palavras e principalmente por tudo aquilo que não se fez para além delas, especialmente em estudar para, de forma sustentada conhecer, compreender e poder aprofundar o que já se realizou.
Levou tempo de mais a chegar aqui? Ninguém duvida. Devia ter-se iniciado há muito mais tempo? É uma evidência.
A verdade é que hoje temos, finalmente preparada, uma Operação de Reabilitação Urbana da zona histórica de Castelo Branco dividida em cinco áreas de intervenção com identificação clara e objetiva das ações de muito curto prazo (um ano), curto prazo (dois anos) e médio prazo (cinco anos).
Há, agora, um trabalho iniciado com a definição dos programas de intervenção, com o levantamento arquitetónico e cadastral dos quarteirões prioritários, assim como com a recolha e caracterização tipológica dos imóveis, com ênfase nos que são pertença municipal.
Em contraposto ao imobilismo anterior, é apresentado um desafio de grandes obrigações que sabemos será, e assim deve ser, muito escrutinado e que se deve obrigar, resumidamente, no seguinte:
- A reforçar da centralidade e melhoria das funções urbanas.
- A implementar medidas especificamente orientadas para a revitalização do Centro Histórico, capazes de induzir, nomeadamente, um maior equilíbrio funcional (residencial, comercial, serviços, lazer), contribuir para uma maior dinâmica de reabilitação do edificado e estimular a ocupação residencial (atração de população e fixação de jovens).
- A definir estratégias ao nível da mobilidade urbana na sua área de intervenção.
- A implementar mecanismos que estimulem e favoreçam uma maior participação cívica e que consolidem metodologias e suportes de governança urbana.
- A reforçar as dinâmicas culturais e de sociabilidade urbanas a partir dos equipamentos, dos elementos patrimoniais e da qualificação do espaço público.
- A fomentar o lançamento e execução de intervenções exemplares nos domínios da reabilitação e da reutilização dos imóveis com valor patrimonial.
- A apostar na imagem/marketing urbano da cidade de Castelo Branco.
Todos sabemos que são estas as expectativas comunitárias, importa responder-lhes, sem temer o juízo dos que observam quem, na vida política, se obriga a passar das palavras aos actos. E isto é válido tanto para quem governa como para quem é oposição.

10/07/2024
 

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