“Idanha Solidária foi o tema do nosso programa eleitoral que os idanhenses sufragaram e que agora nos propomos desenvolver nos próximos anos, lutando para sermos merecedores da confiança que nos foi atribuída. Não foi um tema escolhido ao acaso, mas porque representa a nossa aposta nas pessoas, na economia e na coesão económica e social”.
Esta foi a principal mensagem que o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova deixou quarta-feira, dia 2, durante a cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos municipais que decorreu no Centro Cultural Raiano.
Armindo Jacinto teceu ainda críticas às políticas centralistas do Estado que “têm prejudicado os territórios de baixa densidade, inibindo a fixação de pessoas e de empresas em regiões”, em regiões como Idanha-a-Nova, “retirando-nos permanentemente serviços públicos e incentivando a população a sair daqui e a fixar-se nos grandes centros”, situação que segundo o autarca idanhense, “tem agravado a produção e agudizado a crise” que o País atravessa.
Depois de recordar que atualmente, o Litoral concentra cerca de 90 por cento da demografia, da economia e dos serviços públicos, o autarca voltou a atacar as políticas governamentais, referindo que “nem no tempo de D. Afonso Henriques houve tão graves políticas de despovoamento”.
Neste âmbito, aproveitou ainda para lançar um repto aos atuais governantes, no sentido de seguirem políticas de discriminação positiva para fixarem pessoas no Interior.
Mostrando uma clara vontade de “contrariar estas tendências”, Armindo Jacinto prometeu lutar por uma sociedade igualitária, que reduza as assimetrias entre o Litoral e o Interior do País. E, neste sentido, o autarca deixou um apelo aos autarcas da Região presentes na cerimónia, para que se unam em trono deste desígnio.
“Lanço o desafio de fazer da nossa união, o nosso esforço para agir em conjunto e fazer chegar mais alto a nossa voz”.
Por outro lado, recordou que a união de esforços, a cooperação, o desenvolvimento de redes regionais, nacionais e internacionais, são atualmente oportunidades no mundo globalizado, “que nos permite apostar na especialização e na qualificação, mantendo a diferenciação que caracteriza cada um dos nossos municípios”.
A concluir, o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova sublinhou ainda que no momento atual, “em que os recursos à nossa disposição são cada vez mais escassos, a otimização dos mesmos no trabalho conjunto é fundamental. O nosso grande desafio no futuro próximo passará pelo nosso esforço conjunto para trabalhar em cooperação, aproveitando e ganhando escala a bem das nossas populações e da nossa região”, concluiu.

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