Três reclusos em fuga, três guardas prisionais feridos e há três dias que ninguém sabe do paradeiro dos reclusos que no final da tarde do passado domingo, cerca das 19 horas, aproveitando a passagem para a ala da prisão onde é servido o jantar, junto à portaria do Estabelecimento Prisional de Castelo Branco, encetaram a fuga.

Apesar de se colocarem de imediato no terreno, até ao fecho desta edição de Gazeta do Interior, as autoridades policiais ainda não tinham conseguido localizar nenhum dos fugitivos, sendo que neste momento a investigação do caso passou para a competência da Polícia Judiciária (PJ), ficando a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) a dar todo o apoio no terreno aos investigadores da PJ.

Os foragidos, com 27, 49 e 55 anos, recorreram à violência, chegando a utilizar uma chave de fendas para agredir os guardas prisionais que se encontravam na altura em serviço, dois homens e uma mulher, que acabaram por ter de receber tratamento hospitalar.
Os evadidos são considerados perigosos e estavam a cumprir no Estabelecimento Prisional de Castelo Branco penas de prisão pelos crimes de furto, de roubo, de falsidade de declarações, de extorsão e de condução de veículo sem habilitação legal, estando condenados a penas de cinco, oito e nove anos de prisão.
Dois dos reclusos são naturais do Distrito de Castelo Branco, onde tinham residência e o terceiro é de Sousel, Concelho de Avis, Portalegre.
Entretanto, após esta evasão, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), instaurou um processo de inquérito para averiguar as causas da fuga dos três reclusos, que está a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção e cuja coordenação está sob a alçada de um magistrado do Ministério Público.

Carlos Castela

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