União das Freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais denuncia
Estrada 238 recuperada “a passo de caracol”
A União das Freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais, no Concelho da Sertã, aprovou um voto de protesto, devido ao facto do troço da Estrada Nacional 238 (EN 238), entre Cernache do Bonjardim e Ferreira do Zêzere, ainda não ter sido reaberta ao trânsito.
Recorde-se que este troço está encerrado desde a noite de 13 de fevereiro, devido a um aluimento de barreiras.
Logo na ocasião, o presidente da Câmara da Sertã, José Farinha Nunes, afirmou à Gazeta que o aluimento de barreiras “põe a nu as fragilidades desta via e a necessidade urgente da sua requalificação”, realçando a “frequente queda de barreiras e instabilidade do piso”, para sublinhar que a autarquia “tem mostrado as suas preocupações junto das entidades competentes”. José Farinha Nunes recordou que a requalificação desta esta “é uma pretensão antiga, sendo esta uma via estruturante e fundamental para a economia e desenvolvimento desta região”. Mais tarde, a deputada do Partido Socialista (PS) eleita pelo Círculo de Castelo Branco, Hortense Martins, tal como a Gazeta noticiou, veio a público denunciar que “quase oito dias depois esta via que, recorde-se, foi um investimento que melhorou as condições de acessibilidade das populações permanece cortada, impedindo a circulação de veículos e prejudicando claramente as pessoas e mesmo a economia local”.
Tudo, para concluir que “é urgente” a sua reabertura “e que sejam retomadas as condições de circulação de veículos e de mercadorias em condições de segurança”.
Agora, passado quase um mês, a União das Freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais, sexta-feira, veio a público afirmar que “decorreram 26 dias que foi cortada ao trânsito a ER 238, entre Casal da Madalena e a Ponte do Vale da Ursa, devido a uma derrocada, pois a encosta cedeu e a estrada ficou coberta de uma montanha de pedras e terra” e recordar que “as viaturas ligeiras são forçadas a desviar por uma via alternativa, com maior número de quilómetros e com mais demora no percurso, as viaturas pesadas e de transportes públicos têm que percorrer mais algumas dezenas de quilómetros pelo desvio por Vila de Rei”. Acrescenta que “esta situação tem causado grandes transtornos a todos aqueles que diariamente percorrem o referido circuito, elevados custos, tem prejudicado a economia local, pois encontramo-nos isolados”.
Tudo isto para denunciar que “os trabalhos de remoção dos materiais e desimpedimento da via andam a passo de caracol, pois, decorrido quase um mês, apenas se encontram no local poucos meios humanos e uma máquina giratória e ainda não foi retirado um único camião de entulho da via”.
Razões que é garantido que faz com que “as populações se encontrem indignadas com esta postura da Ascendi, que demonstra pretender isolar-nos por muito mais tempo”.
A União Das Freguesias liderada por Diamantino Calado Pina assegura que este órgão autárquico “promete uma postura de reivindicação para que as obras sejam realizadas o mais rapidamente possível, caso contrário a economia local vai-se danificando, porque tem custos acrescidos, devido à inércia da Ascendi, pois as obras não decorrem de forma célere, como deveriam decorrer”.
Todos estes limites levaram à aprovação de um voto de protesto “para a Ascendi, pela passividade e falta de celeridade com que tem tratado o assunto da derrocada da ER 238”.
Protesto de que foi dado conhecimento ao secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro, bem como à Estradas de Portugal (EP).
AT