29 de outubro 2014

CASTELO BRANCO DA BEIRA BAIXA E DOS AÇORES
História antiga e recente une localidades

Castelo Branco – Um primeiro olhar sobre cinco séculos de história é o título do livro da autoria de José Manuel Braia Ferreira, que foi apresentado sexta-feira, na Junta de Freguesia de Castelo Branco, no âmbito da gemina-ção entre a cidade de Castelo Branco, da Beira Baixa, Portugal Continental, e a localidade de Castelo Branco, Ilha do Faial, Açores.
A obra é da autoria do presidente da Assembleia de Freguesia de Castelo Branco (Açores) e claro está que aborda a história de Castelo Branco da região autónoma, mas é também uma obra onde os albicastrenses da Beira Baixa estão bem presentes. Primeiro, como resultado dos beirões albicastrenses que foram povoar a ilha açoriana e, depois, mais recentemente, devido à geminação existente entre as duas localidades.
Na apresentação do livro, o presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco (Beira Baixa), Jorge Neves, considerou o ato “muito importante e significativo”, sendo “mais um passo no ato de geminação entre as duas freguesias”, aproveitando para recordar que “o protocolo de geminação foi assinado nesta sala”. Jorge Neves realça que “desde aí temos vindo a traduzir em atos aquilo que aqui dissemos”, dando entre outros exemplos “a recriação das Festas do Divino Espírito Santo, que aqui foram recriadas”.
No que se refere ao livro, Jorge Neves afirma que “tem a história, que é sempre importante”, defendendo que “nós fazemos parte da história de Castelo Branco do Faial e eles da nossa”.
Por seu lado, o presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco (Açores), Vítor Pimentel, acrescentou que em relação à geminação entre as duas freguesias “há vários projetos pensados” e não deixou de sublinhar que “também no que respeita a empresas podemos criar algumas sinergias entre as duas freguesias”.
Vítor Pimentel realça que entre as duas localidades “há usos e costumes diferentes que se podem complementar” e com os olhos no futuro avança que a geminação pode ser alargada, porque “há outro Castelo Branco no Norte de Portugal e talvez também um dia se possa juntar a nós”.
O autarca açoriano afirma que “estamos a comemorar os 500 anos e não podíamos deixar de fora os nossos colegas albicastrenses da Beira Baixa”, acrescentando que o livro “começou a ser desenvolvido há cinco ou seis anos, tendo como ponto de partida o foral de D. Manuel I, de 10 de julho de 1514”.
O autor do livro, José Manuel Braia Ferreira, acrescentou que este “surge da necessidade de dar algumas respostas. A primeira é o porquê daquela localidade se chamar Castelo Branco”. Matéria em que explicou que devido “à ilha ser de origem vulcânica, há um morro de pedras brancas, que ao longe parece um castelo branco e daí a denominação”.
Outra questão foi descobrir “a motivação de albicastrenses daqui irem para lá, em 1470”, o que sucedeu, “porque em 1470 os casais que povoaram os Açores, uns foram por imposição da Coroa, enquanto outros foram desterrados”.
José Manuel Braia Ferreira acrescentou, por outro lado, que muito do que existe no Castelo Branco açoriano “foi daqui, como é o caso das Festas do Divino Espírito Santo”, não deixando de referir que “também nas alfaias agrícolas e no vestuário, entre outros há muitas semelhanças, porque foram levadas daqui”.

 

26/10/2014
 

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