João Paulo Catarino e António Costa assinam protocolo de cooperação
Proença-a-Nova e Lisboa ligadas por parceria empresarial
As câmaras de Proença-a-Nova e de Lisboa assinaram sexta-feira um acordo de cooperação que tem como objetivo facilitar a cedência de espaço industrial a empresas integradas na rede de 11 incubadoras de Lisboa.
Na cerimónia foi igualmente apresentado o projeto Inova Startup Proença, que conta já com a mais-valia de integrar uma empresa que passou pela incubação em Lisboa.
A Startup Lisboa nasceu com a preocupação de reocupar a baixa da capital portuguesa “sem repetir os erros do passado”, como explicou o presidente da Câmara, António Costa.
O autarca recordou que depois de anos centradas na criação de infraestruturas, as câmaras estão agora obrigadas a dar prioridade ao desenvolvimento económico e à capacidade de gerar emprego e riqueza e acrescentou que a capital tem neste processo uma “particular responsabilidade”, como plataforma de ligação a outros mercados no Mundo.
A primeira parceria da Startup Lisboa com outros municípios foi com a indústria do vidro, na Marinha Grande, e Proença-a-Nova é “mais um passo na estratégia de procurar complementaridade”, sublinhou Antó- nio Costa.
Uma estratégia aplaudida pelo presidente da Câmara de Proença-a-Nova, que destacou o simbolismo da atenção dada ao Interior do País, provando que “Lisboa não quer ser uma capital forte de um país fraco” mas, pelo contrário, quer “promover a coesão territorial”.
Numa intervenção crítica em relação ao Governo, João Paulo Catarino criticou o aumento das assimetrias entre os territórios mais ricos e mais pobres e “o desprezo a que foi votado o Interior do País”.
O protocolo assinado entre os dois municípios prevê que as empresas da Rede de Incubadoras de Lisboa interessadas em fixar-se no Parque Empresarial de Proença-a-Nova (PEPA), possam beneficiar das condições de alienação e arrendamento previstas para as empresas sedeadas no Concelho de Proença.
A Lisbon Riders, que entrou como incubada na Startup Lisboa em janeiro de 2013, é a primeira a trazer essa experiência para o PEPA.
Nuno Leitão, um dos agentes dinamizadores da Inova Startup Proença, explicou que o projeto se baseia num “triângulo mágico” entre agentes, parceiros (banca, seguros e outros sectores) e mentores.
Investigadores, docentes universitários e empresários, os mentores são convidados a estabelecer uma ligação próxima dos incubados, como “referência profissional e criativa”.
“Beber da extraordinária referência que é a Startup Lisboa” e “usar Lisboa para abrir portas para outros mercados” são algumas das estratégias apontadas para que o empreendedorismo dê frutos em Proença-a-Nova.