1 de junho de 2016

Joaquim Martins
A guerra dos colégios e o Dia da Criança

A guerra dos colégios e o Dia da Criança – No dia em que escrevo ainda se ouvem os ecos da guerra dos colégios E há crianças que ainda não despiram as camisolas amarelas, que as convidaram a vestir. E que até pensarão que são os maiores, porque ousaram dar a cara por uma causa: a defesa da sua Escola!!!
E ainda há as faixas e cartazes com as frases e bandeiras que sobraram da “festa da liberdade” preparada pelos promotores da “Defesa da Escola Ponto” junto da Assembleia da República. A maioria com frases falsas ou só com meias verdades…
E há também quem prepare, nos colégios e na escola pública, o Dia da Criança que está a chegar. E haverá quem fale nos Direitos da Criança e no direito à educação. E no direito de escolher. E no direito de ensinar e aprender, claro!
Penso no que, em termos civilizacionais, se avançou na maneira de olhar a criança e os seus direitos e espanta-me como é que pais responsáveis deixaram que os filhos fossem manipulados e utilizados como peões de brega, na luta contra o Ministério e a favor dos que negoceiam no mercado da Educação.
Entristece-me também que a Comissão Episcopal Portuguesa tenha decidido tomar partido a favor de uma minoria que defende privilégios, a coberto de um suposto direito de escolha que ninguém pôs em causa. Em Portugal, não há qualquer querela, com a Igreja Católica, quanto ao direito a possuir escolas e a propor um ensino confessional. E o Estado assume as despesas dos alunos das escolas, sejam elas da Igreja ou de outras entidades, no caso de suprirem carências da escola pública! Onde é que a liberdade de ensinar e aprender foi posta em causa?
Então por que há polémica? Apenas porque um Governo, supondo-se acima das leis da República, assinou contratos de associação, por tês anos, suscetíveis de serem interpretados, como concedendo o direito de apoio, a igual número de turmas, durante o período do contrato, o que seria, no mínimo estranho, pois nenhuma escola pública pode ter essa certeza. O contrato de associação é por três anos , ponto!
As crianças “porque são o melhor do Mundo” merecem mais respeito!

01/06/2016
 

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