1 de junho de 2016

DEPUTADA DO PS QUER O SETOR A SERVIR DE INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Hortense Martins defende turismo

A deputada socialista eleita pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco, Hortense Martins, defende uma estratégia para o turismo, com uma “visão de médio e longo prazo” e que o setor se assuma como uma referência para os agentes públicos e privados.
“Precisamos sim de uma estratégia para o turismo, com uma visão de médio e longo prazo, uma visão consensualizada e que se assuma como referência para os agentes públicos e privados. Um caminho que assuma a necessidade de reforçar os nossos pontos fortes, completando e melhorando aspetos que funcionem menos bem e reverter os retrocessos verificados nestes últimos anos”, afirmou Hortense Martins.
A deputada socialista que falava no âmbito do agendamento de um projeto de resolução apresentado pelo PSD sobre turismo e que foi chumbado no Parlamento, pelo PS, BE, PCP e PAN, recordou a inexistência de estratégia e de políticas publicas por parte do anterior Governo PSD-CDS/PP, que apenas “se limitou a deixar acontecer” numa crítica à forma como lidou nos últimos quatro anos com o setor.
“Precisamos de políticas públicas, que entendam e potenciem verdadeiramente os nossos recursos em todo o território e atuem no combate à sazonalidade, na diversificação e diferenciação do produto turístico e promovam o combate às assimetrias”, disse.
Hortense Martins congratulou-se com a visão expressa pelo atual Governo para o setor do turismo e defendeu a necessidade de se apostar no setor como a maior indústria exportadora e como instrumento de desenvolvimento regional.
Aliás, a deputada do PS, “vê com bons olhos”, a estratégia do atual executivo que, pela voz da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, anunciou a intenção de apostar também na desconcentração territorial e de produtos, com vista à diminuição da sazonalidade e também ao incremento do turismo nas regiões do Interior do País.
Uma medida que assenta na visão do território defendida pela deputada eleita por Castelo Branco desde há muito tempo.
Adiantou ainda que apesar do turismo há muito se ter afirmado como um “setor estratégico” para Portugal, nem sempre alguns partidos e governos, agiram em conformidade com o real valor e a importância desta indústria para a economia e para o emprego.
“Curiosamente ao fim de seis meses, temos um agendamento potestativo, de um projeto de resolução do PSD, que enuncia um conjunto de recomendações ao Governo, que ou já estão a ser implementadas ou foram anunciadas e estão em fase de implementação”, sustentou.
Recordou ainda que há outros casos, caricatos, com propostas recentemente apresentadas pelo PS e que foram “incompreensivelmente rejeitadas”, como aconteceu com a Conta Satélite do Turismo.
“Este projeto aparece seis meses depois do PSD ter saído do Governo, o que de facto é espantoso”, afirmou.
Contudo, a deputada do PS sublinha que o PSD refere, neste momento, “que este setor revelou-se de importância estratégica”, conforme pode ser lido no seu projeto de resolução.
Hortense Martins não concorda com esta afirmação e lamenta que o atual PSD tenha apenas “descoberto” a importância estratégica deste setor devido à crise e relembrou as falências, encerramentos e desemprego causado pelo aumento do IVA para a restau- ração, ao contrário do que era aconselhado pela própria Comissão Europeia.
Para a deputada socialista, esta proposta do PSD, “parece um mea culpa e um inequívoco reconhecimento de quem nada fez, no que respeita às políticas do turismo”.
Por outro lado, recordou a importância do turismo para Portugal, como a maior indústria do setor exportador, atingido atualmente mais de 15,3 por cento das exportações dos bens e serviços do País, enquanto representa mesmo 45,3 por cento das exportações de serviços.
Quanto às receitas, sublinhou que estas superaram os 11,4 mil milhões de euros, números que considerou “impressionantes”, sendo que este foi um setor que cresceu apesar da crise e das medidas do anterior Governo.
“Precisamos de potenciar e valorizar o nosso território, o que passa por reforçar produtos, como o turismo cultural, o turismo religioso, naturalmente, mas por exemplo também o turismo de natureza. Uma estratégia que volte a apostar no aproveitamento das oportunidades do mercado ibérico” concluiu.

01/06/2016
 

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