14 de dezembro de 2016

Tejo Internacional
Projeto Tejo Seguro instala sonda em Segura para monitorizar radioatividade

A plataforma cívica Tejo Seguro já instalou uma sonda em Segura, zona do território português mais perto da Central Nuclear de Almaraz, para monitorizar o nível de radioatividade.
O projeto Tejo Seguro surgiu em julho deste ano, através de um movimento cívico, que se propôs adquirir e instalar uma sonda Geiger-Muller e desenvolver uma plataforma web para monitorizar remotamente o nível de radiação ionizante medido na fronteira com Espanha.
“A sonda fica instalada junto ao Rio Erges, em Segura, mesmo junto à fronteira. Isto vai funcionar em open data, ou seja, a informação que é medida em tempo real, vai estar disponível na plataforma para as pessoas e instituições poderem consultar”, explicou Samuel Infante, da Quercus.
A plataforma cívica envolve a associação ambientalista Quercus, docentes do Instituto Po-litécnico de Castelo Branco (IPCB), o Centro de Empresas Inovadoras (CEI), o FabLab, a Associação de Informática de Castelo Branco, ativistas pelo Rio Tejo, o meteorologista Costa Al-ves, entre outros.
Segundo o ambientalista, a sonda já está instalada em Segura, no Distrito de Castelo Branco, o ponto do território português mais perto da central nuclear espanhola de Almaraz. “Vai servir de aviso porque, infelizmente, as estações de monitorização da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a informação que temos é que estão em manutenção há vários anos e estão desligadas atualmente. Este sensor vai permitir ter essa monitorização e uma avaliação independente, com dados reais e vai servir como alerta no caso de existir algum incidente”, frisou.
Samuel Infante adiantou ainda que em relação às entidades e autoridades espanholas, “já vimos que não podemos confiar no Governo nem nas autoridades espanholas, porque todos os incidentes que houve nestes últimos anos, Portugal não foi informado ou foi informado meses depois”.
Este procedimento é, segundo o ambientalista, incorreto pelo que entende que não há nada melhor como ter uma fonte independente de informação.
“É apenas uma sonda, esperemos que o projeto possa crescer e que se possa instalar em outras áreas”, sustentou.
Os promotores, arrancaram em julho com uma campanha para angariação de fundos para o projeto, cujo valor do investimento calculado era de 2.550 euros.
A campanha terminou no final de setembro e contou com a participação de 66 apoiantes, cuja comparticipação permitiu a aquisição do material e a construção da plataforma web que está em fase final de testes.
A plataforma, que a breve prazo vai estar em funcionamento, irá também  mostrar os níveis de alerta recomendados pelos organismos de saúde internacionais. Outro objetivo deste projeto é sensibilizar para a presença constante do risco que é a central nuclear espanhola de Al-maraz, situada a apenas 100 quilómetros da fronteira portuguesa de Segura.

14/12/2016
 

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