QUALIDADE DAS REFEIÇÕES ESCOLARES
Moradias volta a alertar executivo
O vereador do Partido Social Democrata (PSD) na Câmara de Castelo Branco, Paulo Moradias, voltou a alertar o executivo socialista para a qualidade das refeições escolares, uma situação que, no seu entender, “começa a ser problemática”.
De acordo com o vereador social-democrata, que falava na reunião pública do executivo municipal realizada sexta-feira, na última Assembleia Municipal de Castelo Branco, vários deputados municipais levantaram o problema e questionaram o presidente da Câmara sobre o assunto.
Esta situação já não é nova, uma vez que os próprios vereadores do PSD, em reuniões anteriores, já haviam alertado o executivo para a qualidade das refeições servidas nas escolas de Castelo Branco.
Em resposta, o vice-presidente do município, Arnaldo Brás, sustentou que é natural que os alunos “não gostem da comida nas escolas”, mas adiantou que isso “não quer dizer que a comida não seja boa”.
“Quando estamos a levantar essa questão, sem saber o que é que as escolas e a Câmara estão a fazer, para lançar a confusão, não me parece que seja a melhor maneira de resolver o assunto”, disse.
Explicou ainda que o próprio presidente do município já reuniu com as escolas e com os pais dos alunos e não houve “nenhum drama”.
“Houve uma reunião entre o presidente e os pais em que a questão foi desmistificada”, adiantou.
O autarca relembrou também que há concursos públicos realizados para o fornecimento das refeições escolares e sublinhou que as refeições fornecidas ficam em câmaras frigoríficas e são monitorizadas frequentemente pela própria empresa fornecedora que está devidamente credenciada.
“Se quiserem dramatizar, dramatizem à vontade. Isto não tem nada de grave. Até a ASAE vai às escolas”, concluiu.
O vereador do PSD reagiu e recordou que se a oposição não sabe o que está a ser feito pelo município “é porque a Câmara sonega a informação”.
“Acredito no que o senhor diz. Então, pode-nos ser prestada essa informação”, afirmou.
Já o outro vereador social-democrata, João Paulo Benquerença, lançou um repto ao vice-presidente do município: “Está ou não disponível para irmos almoçar, sem avisar a empresa. Acho que aí faremos uma avaliação mais correta da qualidade”.
Este responsável trouxe também à discussão a questão das tarifas sociais praticadas pelos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Castelo Branco e pediu para que sejam alargados os critérios de atribuição.
“Gostaríamos que se pensasse em alterar a tarifa. Estamos a ajudar muito mais pessoas que estão numa situação complicada e que precisam de ajuda”, disse.
A responsável pelos SMAS, Maria José Batista, esclareceu que a tarifa social que vai entrar em vigor “é mais justa”, desde logo, porque a anterior “tinha tarifas fixas e esta não”.
Já em relação aos critérios para atribuição da tarifa social, adiantou que ainda “não foram definidos”.