O Distrito de Castelo Branco, na semana que passou, voltou a estar em destaque a nível nacional, mas pelos piores motivos, devido aos incêndios florestais.
Depois de já ter sido fortemente atingido pela tragédia dos fogos florestais, com os grandes incêndios que afetaram os concelhos de Castelo Branco, Fundão, Proença-a-Nova, Sertã, Vila de Rei e Vila Velha de Ródão, o Concelho da Sertã voltou a ser massacrado e o terror das chamas também chegou em força ao Concelho de Oleiros.
Na passada quarta-feira, dia 23 de agosto, às 13h18, deflagrou em Selada das Pedras, na Freguesia de Cambas, Concelho de Oleiros, um incêndio florestal que depressa ganhou grande dimensão e que apesar do empenho de centenas de operacionais apoiados por meios terrestres e aéreos, destruiu tudo à sua frente.
Assim, a floresta, maioritariamente pinhal, mas também eucaliptal, ficou reduzida a cinzas e em risco estiveram diversas localidades, com destaque para Orvalho que, na quinta-feira, ficou completamente rodeada pelas chamas, com todas as estradas fechadas, sendo impossível entrar ou sair na localidade. Nesse dia, aliás, a população de Orvalho viveu momentos de grande aflição, quando as chamas ameaçaram, tudo e todos, destruindo inclusive algumas casas.
Este fogo, de resto, chegou a atingir o Concelho do Fundão, acabando por ser dominado sábado, já depois do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, se terem deslocado ao posto de comando instalado no Orvalho, na noite de sexta-feira, para constatarem a situação no terreno.
Mas este não foi o único incêndio que atingiu o Concelho de Oleiros na semana passada, uma vez que quinta-feira, às 00h53, em Poeiros, na União das Freguesias de Estreito e Vilar Barroco, deflagrou outro fogo que também ganhou grande dimensão, acabando por se unir ao incêndio de Selada das Pedras e atingir o Concelho de Castelo Branco.
António Tavares

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