21 de março de 2018

Roteiro da Inovação leva António Costa à Sertã

O Primeiro Ministro, António Costa, no âmbito do Roteiro de Inovação, visitou na passada sexta-feira, o SerQ – Centro de Inovação e Competências da Floresta, na Sertã.
A comitiva visitou as diversas valências do Centro, como o Fablab, a sala de formação, onde estava a decorrer uma formação de sapadores florestais, e a nave de investigação, na qual foi possível assistir a um dos muitos testes à madeira possíveis de realizar no Centro.
Depois da visita o presidente da Câmara da Sertã, José Farinha Nunes, focou os incêndios de 2017 relembrando que “calamidades desta natureza combatem-se acima de tudo com organização territorial e com uma drástica redução da carga de combustível desnecessária e perigosa, isto é com a disciplina do meio ambiente e da própria natureza” e reforçando a ideia de “combater os incêndios da forma mais eficaz – evitando-os!”.
Relativamente às candidaturas ao PDR 2020 – Medida 8.1.4, intervenções de estabilização de emergência pós-incêndio, o autarca informou o Primeiro Ministro que, de um total de quatro candidaturas, apenas uma foi aprovada, e que os lesados dos incêndios de julho e de agosto, a contrário dos incêndios de junho e outubro, apresentaram candidaturas “cuja submissão apresentava uma maior complexidade e exigência”.
Relativamente ao SerQ, José Farinha Nunes referiu que aquele centro “está ao dispor para acolher novas responsabilidades e competências, disponibilizando-se sempre para contribuir para o progresso do País nas vertentes para o qual foi criado”.
Paulo Farinha Luís, presidente da direção do SerQ, regozijou-se por receber a visita do Primeiro Ministro pelo facto do SerQ ser “a materialização de uma ideia e de um conceito que tem por objeto a investigação e o desenvolvimento experimental, a formação, a transmferência de tecnologia, a consultoria, a certificação e a validação dos produtos e soluções, a produção florestal, a produção industrial, a aplicação de produtos, a manutenção e a desativação e reciclagem destes mesmos produtos”. Realçou ainda que o SerQ pretende “integrar de forma ativa as redes nacionais e regionais de inovação e desenvolvimento tecnológico e empreendedorismo, ligando-os aos parceiros-chave nestas áreas, estando ligado ao progresso e desenvolvimento do País. É este passo que damos todos os dias no SerQ.”
Alfredo Geraldes Dias, vice-presidente do SerQ, apresentou alguns projetos desenvolvidos no SerQ que permitiram contribuir para a inovação e transferência de tecnologia, no âmbito da Floresta e adiantou que “o SerQ posiciona-se como uma entidade dinâmica, inovadora que introduz mais-valias neste setor e que está entre a indústria e as entidades do sistema nacional de investigação e tecnologia, estando sempre na linha da frente. Foi uma das primeiras entidades a ser indicada na lista do emprego científico como acolhedoras de investigadores.”
Já António Costa abordou o tema da inovação como sendo “o motor do desenvolvimento do nosso país. É algo que existe e ajuda a valorizar todos os territórios. Pode e deve ser um fator de coesão”.
No que respeita aos incêndios, António Costa focou a prevenção dos incêndios florestais frisando que “os incêndios de verão combatem-se no inverno(…) ordenando a floresta e limpando as matas.(…) É essencial que as matas gerem o rendimento, pelo menos o necessário para que essa limpeza seja possível. É essencial que a floresta deixe de ser fator de ameaça à segurança dos territórios, à segurança das populações e à vida humana(…), e passe (…) a ser uma fonte de rendimento que permita criar mais riqueza e mais postos de trabalho neste Interior desvitalizado, que permita fixar postos de trabalho, fixar e criar emprego qualificado nestas regiões”.
O Primeiro Ministro sublinhou ainda que “é possível devolver vitalidade a este território, é possível criar riqueza, emprego e vitalidade neste território, temos uma floresta que não é ameaça, mas uma das bases fundamentais da economia desta região”.
Deu também os parabéns a José Farinha Nunes por “mobilizar instituições nacionais como o LNEC e a Universidade de Coimbra, que têm por função produzir conhecimento, mas pôr também esse conhecimento à disposição da comunidade e ajudá-lo à sua aplicação no território, fazer a ponte entre as universidades que são centros de formação, investigação e produção de conhecimento que devem casar com agentes económicos locais de forma a que possamos dar um novo valor aos produtos endógenos deste território”.

21/03/2018
 

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