António Tavares
Editorial
A tragédia dos incêndios florestais do ano passado, que se saldou em milhares de hectares de floresta e mato transformados em cinzas e num duro golpe para a fauna selvagem, além da perda de centenas de casas e fábricas, bem como de mais de 100 vidas humanas, poderá ter tido um reflexo no modo como o País olha para um importante recurso natural, como é o caso da floresta.
Depois de anos e anos de abandono da floresta e da desvalorização do seu real valor, tanto a nível ambiental, como paisagístico e económico, tudo indica que os Portugueses acordaram e decidiram, finalmente, proteger um bem tão importante como este.
Exemplo disso foram as comemorações do Dia Internacional das Florestas, na semana passado. Uma data que, este ano, sem margem para dúvidas teve uma relevância que já não tinha há muito tempo.
Mas existem mais sinais positivos, desde logo a começar pelas medidas políticas com vista à limpeza de terrenos, de modo a que o fogo não tenha a tarefa facilitada, porque, sejamos realistas, devido ao clima do País, às alterações climáticas e a outros fatores menos claros e legais, o verão será sempre sinónimo de incêndios florestas.
Do que não resta dúvida, também, é que os Portugueses querem recuperar o património florestal partido, como o prova as inúmeras ações de reflorestação já realizadas.
Resta esperar que todos estes esforço deem frutos, devolvendo o verde a Portugal, sendo certo que depois da prevenção, quando chegar o calor, a vigilância também é uma arma que está na mão de todos.
António Tavares