Orquestra Sem Fronteiras mora em Idanha-a-Nova
A Orquestra Sem Fronteiras (OSF), projeto que tem como objetivo fixar talento jovem no Interior de Portugal e na raia espanhola, e disseminar a cultura por estas regiões, vai ter sede em Idanha-a-Nova, Cidade Criativa da Música da UNESCO.
O projeto, que é dirigido pelo maestro Martim Sousa Tavares, foi apresentado este mês em Lisboa e pretende desenvolver um processo de colaboração com as escolas de música, para reunir jovens a quem a OSF garantirá oportunidades de trabalho remunerado ao longo do ano, apoiando o mérito académico e possibilitando a construção de experiências profissionais durante os anos de estudo.
Para a Câmara de Idanha-a-Nova, presidida por Armindo Jacinto, “a oportunidade de acolher um projeto prestigiante e inovador como a Orquestra Sem Fronteiras é um orgulho e um reconhecimento do investimento que tem sido feito no setor cultural e, sobretudo, da ambição de, através das indústrias criativas e da música em particular, promover o desenvolvimento social, económico e cultural sustentado do território”.
No dia 22 de março, a OSF faz a estreia no local onde tem a sua sede, tocando no Centro Cultural Raiano, em Idanha-a-Nova.
A OSF irá posteriormente apresentar-se noutras localidades raianas. Até ao final deste ano, está prevista a apresentação de cinco programas em 17 localidades portuguesas e espanholas e o envolvimento de 102 músicos dos dois países, entre os 14 e os 20 anos.
Na apresentação do projeto, Martim Sousa Tavares adiantou que a OSF parte com um orçamento de 100 mil euros, montante que poderá vir a aumentar, visto estar ainda a decorrer uma ação de fund raising (captação de financiamento voluntário).
A programação cultural seguirá a par e passo a programação educativa e de formação de públicos, através de workshops e laboratórios de pedagogia musical para públicos específicos, entre os quais ações pedagógicas junto de escolas.
A OSF é uma associação sem fins lucrativos, e conta com o apoio de mecenas e parceiros privados, de autarquias e dos ministérios da Educação e da Cultura, assim como do Ministério da Economia, através da Secretaria de Estado da Valorização do Interior.