PCP “exige esclarecimentos” sobre a L’Atitudes
A Comissão Concelhia de Castelo Branco do Partido Comunista Português (PCP) “a propósito das recentes notícias relacionadas com a Câmara Municipal de Castelo Branco e a atribuição de subsídios a ONG sem trabalho conhecido”, afirma, em comunicado, que “exige esclarecimentos urgentes da maioria PS na autarquia. Esta notícia vem adensar ainda mais o clima de desconfiança relativamente a aspetos de transparência na gestão da autarquia. A maioria PS tem que esclarecer o processo de criação de uma ONG de nome L’Atitudes em 2010, pelos autarcas socialistas da região, a atribuição de cerca de 350 mil euros de subsídios e ainda os procedimentos que levaram a Câmara Municipal a contribuir com 150 mil euros para a requalificação do edifício sede desta organização fantasma de que não se conhece atividade. Trata se de dinheiro público que é necessário para o melhoramento da cidade e do concelho, para o bem estar das pessoas”, acrescentando que “o facto de a atribuição de subsídios ter sido aprovada com o voto do PSD, exige esclarecimento sobre o posicionamento deste partido e remete para uma convergência entre PS e PSD nas questões fundamentais da política autárquica no Concelho”.
No comunicado o PCP “reforça a sua posição, já dada a conhecer a 13 de julho de 2018, que em nome da legalidade e da transparência, deve ser feita uma auditoria à Câmara Municipal”, sendo que “a estas notícias acrescem as dúvidas sobre a gestão relacionadas com o processo contra o presidente Luís Correia, acerca do provável favorecimento a diversas empresas associadas a inúmeros familiares, que transitará em julgamento e que poderá conduzir à perda do mandato”.
Os comunistas exigem também “uma maior celeridade na atuação das autoridades responsáveis e uma maior abrangência nas averiguações” e defendem que “a verdade, a democracia e os interesses do Concelho e dos cidadãos assim o exigem”.