3 de julho de 2019

NO CICLO AS PALAVRAS E AS COISAS
Amigos do Museu divulgam estandarte do Século XVIII

Um estandarte recentemente restaurado que faz parte da coleção do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior é o tema da próxima sessão do ciclo As palavras e as coisas. Um olhar sobre as reservas, que se realiza na próxima sexta-feira, a partir das 18 horas.
A iniciativa é organizada pela Sociedade de Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior e a investigadora Maria Adelaide Salvado fará o enquadramento histórico desta peça incorporada na coleção em 1915, por iniciativa da vereação republicana da Câmara de Castelo Branco. O pen dão foi então interpretado como o estandarte do município Albicastrense do tempo da Monarquia. Contudo, uma análise mais atenta da composição têxtil permite, no entanto, uma outra leitura.
O Conselho Diretor da Sociedade dos Amigos do Museu, em 2017, apresentou à tutela do Museu, em fase de municipalização, a proposta de restauro desta esquecida peça do acervo que se encontrava em “deficiente estado de conservação”, como refere a ficha de inventário de 17 de outubro de 2002. A sugestão foi aceite e o estandarte eximiamente restaurado, na medida do possível, pela técnica de conservação e restauro do Museu Francisco Tavares Júnior, Júlia Mendonça Bispo.
Para Maria Adelaide Salvado, “como demonstra uma fotografia de finais do Século XIX, este estandarte ocupava um lugar de destaque na Procissão do Corpus Christi. Por este facto, julgamos que este estandarte pertenceria ao município Albicastrense. Seria a sua presença simbólica na organização desta secular procissão, importante manifestação de religiosidade, onde sagrado e profano se entrelaçavam e que, cada ano, percorria as ruas do velho burgo Albicastrense, como acontecia em todas as cidades e vilas da cristandade ocidental”.
Para Herman Stofller, presidente da Sociedade de Amigos, “este tipo de ações ajudam a percecionar as coleções do museu da cidade, para continuar assegurado” e adianta que “vamos continuar a propor à autarquia o estudo e o restauro de elementos do acervo, desconhecidos do grande público. As investigações serão depois divulgadas. Há muito património nas coleções do Museu a necessitar de intervenção urgente e a Sociedade está muito atenta”.

03/07/2019
 

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