Rui Lino apresenta propostas para a floresta
O candidato do Bloco de Esquerda (BE) às eleições Legislativas de 6 de outubro pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco, Rui Lino, visitou os concelhos de Vila de Rei e da Sertã, na passada quinta-feira, 25 de julho, para constatar a destruição provocada pelos incêndios e ouvir as populações afetadas.
No decorrer da visita, Rui Lino referiu que, “devido às alterações climáticas, os incêndios tendem a ser cada vez mais violentos e com um grau de perigosidade maior”, pelo que “precisamos de medidas estruturantes que permitam um mosaico florestal diversificado, já que a maioria da área ardida é de monocultura, tanto de eucalipto como de pinheiro”, concluindo que “para além do investimento necessário na prevenção, há que promover a reforma florestal”.
Rui Lino recordou que “o Estado Português é detentor de apenas três por cento da floresta e, consequentemente, não tem instrumentos nem capacidade de intervenção no espaço florestal. Isto também faz com que a prática, o conhecimento científico, a tecnologia e os serviços de apoio à produção agroflorestal estejam vocacionados para sistemas intensivos e de monocultura, numa ótica de exploração capitalista dos recursos florestais e de abandono de território”, de onde defende que “é necessário efetuar uma transição para preparar a floresta para estes novos tempos e para as alterações climáticas”.
Nesse sentido as propostas passam pela “conclusão do cadastro da propriedade rústica; por um plano de controlo e gestão pública de propriedades abandonadas; pela redução da área de eucalipto e reflorestação com espécies autóctones; pela recuperação do Corpo de Guardas Florestais e Vigilantes da Natureza; pelo reforço dos meios humanos afetos aos institutos públicos que atuam nesta área, pela criação de um Serviço Nacional de Apoio à Gestão de Ecossistema, público e implementado em todo o território agrícola”.