SE TAL FOSSE PRECISO CONFIRMAR, o papel que Trump está a desempenhar na Síria prova à saciedade que o mundo estará cada vez mais perigoso enquanto a selvajaria e idiotice de Trump andarem de mãos dadas, à solta.  Trump e os imitadores baratos que hoje governam grandes países como o Brasil e a Inglaterra. Desta vez, quem sofreu as consequências do seu ignóbil comportamento ao decidir que o exército americano deveria abandonar imediatamente a Síria, foram os martirizados  curdos,   aqueles que foram os seus aliados mais valorosos na luta contra o ISIS, deixou-os  entregues à sua sorte na certeza de que sem eles o os terroristas do Daesh e o seu autoproclamado estado islâmico, não seriam tão rapidamente derrotados. Ainda os aviões americanos estavam a levantar voo e já o regime turco de Erdogan  decretava a guerra e o extermínio dos que ele apelida de terroristas, exército do povo curdo, com mais de 30 milhões de seres espalhados por vários países da região (Irão, Síria, Iraque, Turquia…) e que há muitas décadas lutam  pelo regresso à sua terra o Curdistão, território que agora pertence à Turquia. Esta traição de Trump, que até mesmo os seus mais indefetíveis aliados estão a condenar, vai trazer consequências muitos graves à região e ao mundo. Mais uma vez se mostra que a tibieza da comunidade europeia, prova à saciedade a sua irrelevância na solução dos problemas do mundo. Que as forças curdas, acossadas pelo regime de Ankara, fez o mais óbvio: abandonados pelos aliados ocidentais, volta-se para a Síria de Bashar al-Assad, grande inimigo dos EUA, aliado de Teerão e Moscovo. Assad, com o apoio de Putin prepara-se para enviar tropas para a região para travar a investida turca, num confronto que se adivinha duro, muito duro.  E finalmente, que o cenário de guerra, fazendo libertar largas centenas de prisioneiros do Daesh que estavam sob custódia dos militares curdos, vai trazer a insegurança aos países ocidentais, nomeadamente aos EUA. Enquanto isso  Trump vai-se entretendo em comícios a proclamar o seu America First, indiferente a qualquer desastre humanitário que ele tenha desencadeado.

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