TOMOU POSSE ESTE FIM DE SEMANA O NOVO GOVERNO liderado por António Costa. Um governo de continuidade como se esperava. Dos pesos pesados do governo anterior apenas, por vontade própria, saiu Vieira da Silva. O novo governo cresceu para um valor recorde de 20 ministros e 50 secretários e subsecretários de Estado, uma estrutura que acreditamos tenha sido montada com base na experiência anterior e adequada ao programa de governo. Numa equipa onde predominam os da área do direito, não nos parece que só por si o elevado número de ministros e secretários de Estado seja criticável ou que mereça ser comparado com a estrutura governamentiva de outros países como a Holanda ou a Alemanha. Cada país vive uma realidade distinta. No final da legislatura se verá se esta orgânica governativa funcionou ou não. Queria destacar aqui o nome de Nuno Artur Silva, novo secretário de Estado do Cinema Audiovisual e Media, do Ministério da Cultura. Um homem que deu um novo alento na programação da RTP, que tem ideias claras sobre os problemas que afetam a comunicação social em geral, em particular os jornais em suporte de papel que vivem há já tempo de mais em sufoco financeiro. Uma situação bem conhecida de todos, já sublinhado também pelo Presidente da República, que é reflexo de problemas que são comuns a jornais tanto dos Estados Unidos da América como da Europa e do Mundo, de tal forma que já muitos governos enfrentaram de forma séria o problema, estabelecendo vários incentivos econó-micos de apoio à comunicação social, como o porte pago e redução de taxas, cientes de que é também a qualidade da democracia que aqui está em jogo. E acreditamos que Nuno Artur Silva tudo vai fazer para por em prática as suas ideias, mesmo descontando o ornamento reduzido do seu ministério.

Outros Artigos