A23 - AUTOESTRADA DA BEIRA INTERIOR
Plataforma exige “suspensão imediata” das portagens
A Plataforma P’la Reposição das SCUT na A23 e na A25 voltou a exigir, na passada sexta-feira, 3 de julho, a “suspensão imediata das portagens na A23 e na A25”.
Recorde-se que a Plataforma na reunião mantida em Castelo Branco com a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, depois do Conselho de Ministros ter anunciado um modelo de descontos, manifestou o seu desacordo, o que levou a que no dia 10 de março lhe tenham feito chegar uma proposta que, “no essencial assentava num desconto de 25 por cento para todas as viagens até ao 15º dia de cada mês e de 40 por cento de desconto em todas as viagens após o 16º dia. Propusemos ainda que fosse desde logo definido que a política de descontos se manteria anualmente para que a abolição das portagens se concretizasse até final da presente legislatura”.
A Plataforma relembra que mais tarde, com o evoluir da pandemia de COVID-19, Ana Abrunhosa “veio dizer que o processo de reduções iria ser adiado, apontando agora para o terceiro trimestre do ano corrente como hipótese, quando inicialmente tinha referido o dia 1 de julho”. Tudo para afirmar que perante isto a Plataforma “veio considerar que era contraproducente do ponto de vista económico, financeiro e social adiar o processo tendente à abolição das portagens e propôs que o pagamento das portagens fosse suspenso até ao final do ano, pelo menos”.
Assim, “na sequência desta nossa posição a senhora ministra corrigiu e, na Assembleia da República, afirmou que a redução proposta seria irreversível e que se assim não for, “deixaria de ser ministra”, mas adianta que na semana passada “a Comunicação Social veio dar conta que a senhora ministra da Coesão Territorial voltou a afirmar a intenção de reduzir o valor das portagens mantendo o princípio da quantidade de passagens, deixando antever que não teve em conta a nossa proposta de reduções para todos, independentemente do número de passagens e muito menos tem em conta a nossa exigência de suspensão do pagamento até final do ano, mostrando assim a sua consonância com as declarações da senhora secretária de Estado para a Valorização do Interior, que afirmou não estar esta medida nos objetivos do governo”.
Por isso, a Plataforma “lamenta que a senhora ministra tenha interrompido um processo de diálogo e opte agora por anúncios avulsos e pouco precisos na Comunicação Social”.
Por isso, a Plataforma afirma que “não se conforma com a insensibilidade do Governo e com o incumprimento da promessa de no dia 1 de julho se iniciar o processo tendente à abolição faseada das portagens. Neste sentido a Plataforma entende que neste cenário de crise nunca antes vivenciado, são necessárias, agora mais que nunca, medidas extraordinárias que cheguem rapidamente às empresas e trabalhadores, para garantir a sobrevivência da economia da nossa região. Assim sendo, declaramos que, neste momento, a única medida justa e palpável a adotar é a suspensão das portagens até final do ano corrente, como forma de amenizar os impactos do coronavírus na vida das pessoas e das empresas”.
A Plataforma conclui que “caso o Governo não acolha esta pretensão a Plataforma não vê outra alternativa que não seja o regresso às ações de protesto, com impacto público, agora num patamar de maior intensidade e até de uma radicalidade, que não desejamos, mas que não refutaremos, caso o Governo se mantenha insensível ao drama que se vive no Interior dos País”.