Edição nº 1647 - 15 de julho de 2020

Câmara de Idanha interpõe providência cautelar

O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, já reagiu à formalização da reestruturação organizacional do Instituo Politécnico de Castelo Branco (IPCB) e revelou que vai interpor uma providência cautelar.
Uma posição que é assumida pelo autarca, porque realça que “a escolha das quatro escolas é o cenário que prevê que a Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova (ESGIN) perca a sua sede para Castelo Branco, bem como a deslocação de alguns cursos da Escola para Castelo Branco”, sublinhando que deste modo “é passada a certidão de óbito à ESGIN, que perde a sua autonomia administrativa, científica e pedagógica”.
As reações também não se fizeram esperar da parte do Movimento pela Autonomia da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova (ESGIN) que, em comunicado, considera que “o cenário aprovado dia 8 de julho pelo Conselho Geral do IPCB no âmbito da reestruturação organizacional dessa instituição, é desequilibrado e injusto, na medida em que implica a perda da sede da ESGIN em Idanha-a-Nova, bem como a sua autonomia administrativa, pedagógica e científica”, e realça que “continuamos sem perceber de que forma é que este cenário contribui para o desenvolvimento do IPCB, ou o porquê de ficarem as quatro escolas com sede em Castelo Branco”.
Para o Movimento “é evidente que ninguém se atreve a dizer ou a assumir que a escola de Idanha vai fechar, apenas se fala que perde a sede. Ora se a escola perder a sua sede está condenada a acabar a médio prazo” e defende que “percebemos que este cenário prejudica Idanha-a-Nova e que não respeita os Idanhenses, que há 29 anos acolheram a ESGIN. Se a ESGIN tem o êxito que se lhe conhece ainda hoje, em grande parte deve-se à Idanha, à au-tarquia de Idanha-a-Nova, aos Idanhenses e a alguns bons profissionais que por aqui têm passado”.
O Movimento recorda que o seu objetivo “é lutar pela  manutenção da sede da ESGIN em Idanha-a-Nova, bem como a autonomia administrativa, pedagógica e científica”, uma vez que considera que “a ESGIN é para o concelho de Idanha-a-Nova um dos principais indutores da economia local, pois contribui claramente para a criação de riqueza e emprego, com benefícios nos setores da restauração, alojamento, comércio, entre outros. Reduzir a economia do Concelho é um verdadeiro receio dos Idanhenses, que ao longo destes anos acolheram com alegria e de forma hospitaleira todos os alunos e professores”.
No comunicado é avançado que “tivemos sempre em consideração que o cenário proposto pelo senhor presidente do IPCB ao Conselho Geral, efetivamente podia ser aprovado por dois terços dos seus membros, assim, apresentámos em 18 de fevereiro de 2020 uma petição pública, Pela autonomia e sede - A ESGIN sempre nossa!, à Assembleia da República, subscrita por 5.578 peticionários. No dia 18 de março de 2020, esta petição baixou à Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto, tendo sido admitida pela mesma na sua reunião de 22 de maio de 2020. Entretanto o Movimento pela Autonomia da ESGIN, solicitou, por escrito, aos diferentes grupos parlamentares que os seus elementos fossem recebidos, para, in loco, apresentar as justas razões que nos assistem, na defesa da manutenção da autonomia e sede da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova”.
Assim, “dando seguimento à admissão na Assembleia da República da petição pública já mencionada, no dia 1 de julho, estivemos presentes na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência, Juventude e Desporto, acompanhados pelo presidente da Câmara de Idanha-a-Nova” e é destacado que “conforme estipula a legislação, a nossa petição que a Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto admitiu com o nº 40/XIV/1ª, terá que ser presente a plenário. Assim, vamos lutar para que nesse momento e para os devidos efeitos, a Assembleia da República tenha em consideração a questão da descentralização e da regionalização”.

15/07/2020
 

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