Edição nº 1662 - 28 de outubro de 2020

PROGRAMA DE VALORIZAÇÃO DA FILEIRA DO QUEIJO DA REGIÃO CENTRO
Escola de Queijeiros já está a funcionar

O Auditório Vergílio Pinto de Andrade, na Escola Superior Agrária (ESA) de Castelo Branco acolheu, na passada segunda-feira, 26 de outubro, a sessão solene de abertura da Escola de Queijeiros, uma iniciativa pioneira no País, que se integra no Programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro, cofinanciado pelo CENTRO2020.
Na cerimónia, que contou com a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, o presidente da Câmara de Castelo Branco, José Augusto Alves, referiu que este é um programa que, quer pelo esforço das entidades envolvidas, quer pelo montante de investimento, “mostra que a aposta que a autarquia tem feito no agroalimentar dá resultados e ajuda a alavancar a nossa economia não só através da captação de fundos comunitários, mas também aumentando o nível da competitividade das empresas”.
A importância do programa e desta atividade em específico foi corroborada pela presidente da InovCluster, Cláudia Domingues Soares, ao reconhecer que “esta atividade claramente permite dar visibilidade e notoriedade à produção de queijos com denominação de origem protegida (DOP)” enquanto atrai empreendedores e possibilita competências a quem pretende exercer a atividade de forma profissional e rentável.
Cláudia Domingues Soares manifestou ainda a necessidade de “começar a pensar no futuro”, no sentido de iniciativas como esta terem continuidade, como já acontece noutros países, permitindo assim uma maior capacitação e renovação da atividade.
A ação formativa Escola de Queijeiros, como afirmou o presidente do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), José Luís Monney de Sá Paiva, vai “ao encontro da resolução de problemas e da dinamização de um potencial que existe nestas regiões (Serra da Estrela, Beira Baixa e Rabaçal)”, traduzindo, como referiu o vogal executivo da Comissão Diretiva do Programa Operacional Centro 2020, Jorge Brandão, “o conhecimento em capacidade de intervenção na produção de queijo de Denominação de Origem Protegida (DOP)”.
Por seu lado, o presidente do Instituo Politécnico de Castelo Branco (IPCB), António Fernandes, referiu que o projeto da criação da Escola de Queijeiros “é um exemplo concreto de que vale a pena investir no Interior, onde diferentes entidades cooperam, partilhando recursos, vontades e ambições, numa clara e objetiva valorização dos recursos endógenos”. Adiantou ainda que o Politécnico “tem feito uma trajetória muito relevante com contributos especialmente significativos decorrentes da sua existência e afirmação, mantendo-se alinhado à estratégia coletiva de coesão e valorização territorial”.
A formação da Escola de Queijeiros será coordenada pelos institutos politécnicos de Castelo Branco e de Viseu, sendo que as aulas serão ministradas pelas respetivas escolas superiores agrárias destas duas instituições públicas de Ensino Superior, sendo que o seu papel, a par do dos municípios das regiões, foi realçado por Ana Abrunhosa. O trabalho em rede foi igualmente elogiado pela ministra, que considera “este projeto” como “um dos melhores exemplos de coesão”, verifica-se ainda pela componente prática da Escola de Queijeiros, que possibilitará aos formandos aprender mais numa queijaria produtora deste tipo de queijos DOP.
A Escola de Queijeiros recebeu 58 candidaturas, para um total de 20 vagas disponíveis, o que levou à matrícula de um total de 21 formandos, dos quais 11 pertencentes à DOP da Beira Baixa, sete à DOP da Serra da Estrela e três à DOP do Rabaçal.

28/10/2020
 

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