Festival de Música do Pinhal seguido por milhares
A segunda edição do Festival de Música do Pinhal (FMP), promovido pela Câmara de Oleiros, em parceria com a Associação Cultural da Beira Interior, renovou o sucesso do ano anterior e alcançou milhares de visualizações.
O Festival, sob a direção artística do maestro Luís Cipriano, cumpriu uma vez mais o seu objetivo pedagógico de sensibilização das gentes locais para a música, formando e captando novos públicos, ao mesmo tempo que se adaptou à conjuntura pandémica. Por outro lado, foi garantida a continuidade de uma programação cultural, numa estratégia descentralizada e apostada em contrariar realidades, através de uma oferta artística acessível, inclusiva e integradora.
Os seis concertos agendados começaram em setembro, na Igreja Matriz de Estreito, numa primeira fase presencial, a qual registou uma boa adesão de espectadores, cumprindo as necessárias normas de segurança. A elevada qualidade exibida pelos Velvet Quintet marcou o início das comemorações do cinquentenário daquele imóvel religioso.
Devido ao agravamento pontual da situação pandémica e à ocorrência de um incêndio florestal de elevadas proporções, a continuidade do evento projetou-se para o mês de dezembro e adaptou-se às circunstâncias vividas, sendo exibido em formato live streaming, a partir da Casa Padre António de Andrade, em Oleiros.
Nesta edição do Festival foi dado relevo, mais do que às classes instrumentais, às várias épocas da história da música, à escala mundial, passando por vários compositores, músicos e tipos de instrumentos por eles utilizados em cada género/era musical. Tango, fado, música medieval, renas-centista ou contemporânea, deram o mote ao Festival que permitiu um périplo por vários quadrantes musicais.
Por outro lado, os grupos e intérpretes como Velvet Quintet (cordas), Piano4Voice, Carmin´Antiqua, Coro Misto da Beira Interior (com os projetos Fado e La Renaissance) e Francisco Cipriano (percussão), apresentaram uma variabilidade de timbres e vozes e uma diversidade de sons e instrumentos que não deixaram ninguém indiferente.
Outro dos pontos fortes da iniciativa foi a acústica dos locais onde decorreu, revelando novas potencialidades nos espaços utilizados, numa adaptação motivada pela atual conjuntura.