António Tavares
Editorial
Bom ano de 2021.
Este é o desejo habitual no início de qualquer ano, mas que em 2021 ganha uma força ainda maior, resultado do terrível ano de 2020 que, para a maioria das pessoas, certamente é um ano para esquecer.
Vamos então esquecer o ano que agora terminou, mas, claro está, sem perder a oportunidade e a importância de retirar os ensinamentos proporcionados por momentos menos bom, ou mesmo maus. É que é nestes momentos que se aprendem lições que mais tarde serão extremamente úteis e que fazem que individualmente, ou em grupo, se ganhe ainda mais resiliência.
Dito isto, fica reforçado o desejo que em 2021 se cumpra o tradicional Ano novo, vida nova. Uma vida nova que nos possa trazer tudo de bom, com saúde e com a reconquista da liberdade que a pandemia de COVID-19 nos tem imposto, já lá vai quase um ano.
Mas, pelo sim pelo não, há que ser realista e ter os pés bem assentes na terra e não elevar demasiado o nível das expectativas.
Já há e está a ser administrada a vacina contra o novo coronavírus, mas só agora se estão a dar os primeiros passos em direção à luz, trémula, que surge lá bem longe, ao fundo do túnel. Para já, há que aguardar pela segunda e terceira semanas de janeiro, para se perceber que reflexos tiveram o Natal e o Ano Novo na pandemia. E, mesmo após se saber isso, é fundamental, esquecer que ainda não podemos baixar as defesas no combate a esse vírus terrível que todos desejaríamos que nunca tivesse surgido.
Bom ano de 2021.