Edição nº 1673 - 13 de janeiro de 2021

Catástrofe: HAL está no nível máximo do Plano de Contingência

O Hospital Amato Lusitano (HAL) de Castelo Branco está, desde esta quarta-feira, 20 de janeiro, no nível Catástrofe, na Medicina Intensiva. A informação foi dada pela diretora clínica da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), Eugénia André, no decorrer de uma conferência de Imprensa, na qual adiantou que este passo foi dado, porque “o COVID tem-se agravado” e o objetivo é “o Hospital alterar tudo e preparar-se para receber os cidadãos, de forma a dar resposta” acrescentando que o HAL, ao entrar no nível quatro do Plano de Contingência, ficou em Pré-Catástrofe.
Eugénia André fez questão de deixar um apelo, ao afirmar que “quem pode parar o risco de transmissibilidade (do COVID) não são os profissionais de saúde. É a população e essa é uma obrigatoriedade de cada um de nós”, sublinhando que “todos nós vamos a tempo de fazer alguma coisa”, bem como que “vivemos numa área em que a transmissibilidade é ainda mais rigorosa, pois depende de nós”. Por isso focou a importância do uso de máscara, de manter o distanciamento físico e da higienização das mãos, pois “só cumprindo é que vamos ter o que pretendemos”.
A diretora clínica, já depois da conferência de Imprensa, divulgou, há poucos minutos, o número de casos ativos de COVID-19 na área da ULSCB, esta quarta-feira, 20 de janeiro, que ascendem a 1.108. No Concelho de Castelo Branco há 633, no de Idanha-a-Nova 79, no de Penamacor 80, no de Vila Velha de Ródão seis, no de Oleiros 28, no de Proença-a-Nova 33, no da Sertã 209 e no de Vila de Rei 10.
Eugénia André realçou que “às quatro camas iniciais de Medicina Intensiva se juntaram quatro e mais quatro, chegando ontem (19 de janeiro) às 12, mas em menos de duas horas ficou só uma vaga”, pelo que “durante a noite houve que acionar o último nível e abrir mais oito camas”, chegando-se às 20 camas, que “podem chegar a um máximo de 22, com hipótese de ventilação invasiva e não invasiva”.
No que respeita ao internamento COVID, relembrou que começou com 12 camas, sendo que atualmente chega às 74. Assim, no 7º Piso, denominado Piso COVID estão 52 camas, sendo que neste piso se mantêm 12 camas para doentes suspeitos de COVID, enquanto no 3º Piso, Piso de Internamento COVID, estão 22 camas.
Ainda no referente ao internamento, Eugénia André adiantou que, atualmente, estão internados 37 doentes COVID, há internados seis doentes suspeitos de COVID, na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) de COVID estão internadas 11 pessoas e duas na UCI não COVID.
Por outro lado, avançou que o “Bloco Operatório Central foi alocado à UCI COVID, enquanto o Bloco de Ambulatório passou a ser o Bloco Central, com duas salas” e esclareceu que a ULSCB “não tem nenhum doente da área prioritária, oncológica, em lista de espera”.
Perante esta situação frisa também que, “equipamento temos, mas os recursos humanos não são infinitos, somos inclusivamente humanos e também ficamos doentes”, para adiantar que “já foram contratados 158 funcionários. Apesar disso nunca serão suficientes, se no mantivermos a ter os comportamentos que temos”, aludindo às medidas de prevenção face ao novo coronavírus.
Eugénia André fez também questão de realçar que “apesar de termos ordem da tutela para contratar médicos, não há interessados em vir”.
Garantiu, também, que as “consultas hospitalares presenciais se mantêm e a outras serão por telefone ou teleconsulta”, com a certeza que “os doentes que estão a ser seguidos terão a sua consulta”.
Outra garantia que deixou é que “o Serviço de Medicina Interna e a Unidade de AVC não vão terminar. Nem os doentes que não são COVID. Serão deslocalizados (dentro do Hospital) para setores onde há camas vagas, mantendo-se o seu internamento”.
Já noutra perspetiva Eugénia André afirmou que na área da ULSCB, até agora, houve 115 funcionários infetados com COVID, dos quais 59 enfermeiros, 13 médicos, 22 assistentes operacionais, nove assistentes técnicos, quatro técnicos superior e sete técnicos.
A diretora clínica adiantou igualmente que na área da ULSCB, desde o início da pandemia, se registaram 91 óbitos, o primeiro, na primeira fase, tratando-se de uma senhora que veio para a Hemodiálise oriunda da Unidade Local de Saúde da Guarda, e os restantes 90 já na segunda fase da pandemia.
Referiu ainda que no respeitante a surtos em escolas “são casos isolados, todos seguidos pela Saúde Pública. Só na zona de Penamacor, com 18 infetados é que há números com alguma preocupação”. E em matéria de surtos nas escolas avançou que na área do BIS, “além do de Penamacor, houve um em Idanha-a-Nova, que já não está ativo, e dois em Castelo Branco, dos quais um já não está ativo. Na área do PIS “houve surtos em várias escolas e creches, que deverão terminar até ao próximo domingo (24 de janeiro).
António Tavares

20/01/2021
 

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