VITÓRIA CELEBRADA COM FOGO DE ARTIFÍCIO
Leopoldo Rodrigues mantém Câmara de Castelo Branco no PS
Leopoldo Rodrigues é o novo presidente da Câmara de Castelo Branco, mantendo a autarquia nas mãos do Partido Socialista (PS). Na noite da vitória nas eleições Autárquicas do passado domingo, 26 de setembro, Leopoldo Rodrigues afirmou que esta vitória representa o “reconhecimento por parte dos Albicastrenses do enorme trabalho que o PS tem desenvolvido ao longo dos últimos 24 anos”, realçando que “há 24 anos que o PS governa Castelo Branco. Há 24 anos que o PS faz obra em Castelo Branco e acredito que estes resultados sejam também o reconhecimento desse trabalho. O trabalho de muitos homens e o trabalho daquele que ao longo destes dias esteve connosco nesta candidatura, o nosso mandatário, o comendador Joaquim Morão, que é também uma peça importante na nossa vitória, é uma peça importante neste resultado”.
No Largo de São João, junto à sede do Partido, várias dezenas de militantes e apoiantes fizeram a festa, na qual não faltou o lançamento de fogo de artifício, com Leopoldo Rodrigues, a afirmar que “a nossa expectativa era ganhar estas eleições. Desde o princípio que tivemos a convicção que as poderíamos ganhar”. Admite, no entanto, que “não foi fácil ganhar estas eleições”, porque “tínhamos adversários com força, adversários dedicados também, mas sabíamos que tínhamos condições para ganhar e foi isso que aconteceu”.
Perante esta vitória faz questão de “agradecer muito aos Albicastrenses. Agradeço a todos aqueles que votaram no PS e esta, posso dizê-lo é uma vitória dos Albicastrenses, é uma vitória dos militantes, dos simpatizantes dos amigos do PS, mas é também uma vitória de Castelo Branco, é, sobretudo, uma vitória de Castelo Branco”.
Confrontado com a gestão autárquica que tem pela frente, uma vez que em termos de mandatos, o PS ficou com três, tal como o SEMPRE – Movimento Independente, enquanto a coligação Partido Social Democrata (PSD), Centro Democrático Social – Partido Popular (CDS-PP) e Partido Popular Monárquico (PPM), ficou com um, Leopoldo Rodrigues sabendo que não tem maioria garante que “teremos a disponibilidade para nos entendermos com outras forças políticas, sobretudo com uma das forças políticas e não antevejo nenhuma dificuldade na governação de Castelo Branco nos próximos quatro anos. Aquilo que posso garantir é que Castelo Branco terá um governo do PS, será dirigida pelo PS. Iremos trabalhar por Castelo Branco e iremos dar um novo impulso a Castelo Branco com o PS e com aqueles que obviamente quiserem estar junto do PS”.
Tudo para assegurar que “a questão do SEMPRE está completamente fora desta equação”.
“Não foi o resultado
que esperávamos ter”
Luís Correia, o candidato do SEMPRE – Movimento Independente, face aos resultados eleitorais de domingo, afirmou que “não foi o resultado que esperávamos ter, evidentemente, e, por isso, não é o resultado mais satisfatório. Mas é, sobretudo, um resultado muito positivo”.
Uma posição que explica ao avançar que “ter praticamente o mesmo resultado que o maior partido, o partido Governo, numa capital de distrito, com um movimento independente que tem pouco menos de seis meses, foi, sem dúvida, um excelente trabalho. Um trabalho que decorreu do envolvimento de muita gente, do apoio de muitos Albicastrenses, de uma excelente campanha, de uma campanha sempre pela positiva, infelizmente com campanhas negras feitas contra nós. Mas nós, mesmo assim, continuamos sempre a fazer a campanha pela positiva, porque é essa a única forma que sabemos estar”.
Quanto ao papel que terá no novo executivo camarário, Luís Correia garante que “o SEMPRE desempenhará as suas responsabilidades da mesma forma como tem assumido até aqui, pela positiva, mas, evidentemente, sempre fiscalizando o trabalho de quem tem responsabilidades maiores de concretizar tudo o que há a fazer. E evidentemente que também é esse o nosso papel e, por isso, cá estamos para fazer o nosso papel e fazer o nosso trabalho no dia a dia nos órgãos autárquicos, até porque temos consciência que renovamos muito os órgãos autárquicos em Castelo Branco”.
Luís Correia acrescenta ainda que “fica a promessa de uma oposição pela positiva, porque o nosso foco é Castelo Branco, o nosso foco são os Albicastrenses e, por isso, aquilo que desejamos é o melhor para o desenvolvimento do Concelho, o melhor para os Albicastrenses, e, por isso, a nossa oposição será sempre nessa perspetiva”.
PSD tem “posição
de charneira na Câmara”
João Belém, o candidato da coligação PSD/CDS-PP/PPM, face aos resultados das Autárquicas, afirmou que “não foram o que estava à espera, pelo menos da minha parte, mas temos que respeitar o veredicto popular” e salientou que “foi uma campanha limpa. Uma campanha de contacto pessoa a pessoa. Apresentamos os nossos projetos da maneira que achamos mais correta e, no fundo, as pessoas não quiseram mudar, quiseram manter a situação como estava. Então temos que respeitar a vontade popular, como é evidente”. Situação que considera que “é pena, porque podíamos dar uma forcinha e mudar muita coisa no Concelho, que necessita de mudança, mas não foi possível pela nossa parte”.
De qualquer modo faz questão de deixar bem claro que “estamos numa posição de charneira entre as duas forças (PS e SEMPRE), o que nos dá um certo cuidado na análise de todas as propostas que venham a ser apresentadas, porque consoante a sua credibilidade e digamos a maneira como sejam apresentadas e os seus projetos, assim poderemos contribuir para participar, ou viabilizar via executivo”.
Nesta perspetiva sublinha que “a situação está três para um lado, três para o outro e nós ficamos no meio”, pelo que, “independentemente da derrota de outras pessoas, vamos analisar cada situação pontualmente e de acordo com o seu projeto, se beneficiar os munícipes, nós estaremos sempre nesse caminho. Tomaremos sempre posições em defesa dos munícipes, em defesa do Concelho e se forem de encontro ao nosso projeto, em partes não é, totalmente não, como é evidente, apoiaremos, como é evidente”.
João Belém garantiu também que estão “abertos a dialogar com o PS e com o SEMPRE, de acordo com o que apareça” e avançou que “se algumas delas forem de encontro às nossas expectativas e aos nossos projetos, podemos pensar em viabilizar ou aprovar”.
António Tavares