MOVIMENTO ASSUME OPOSIÇÃO
SEMPRE discorda como foi conduzida primeira Assembleia Municipal
O SEMPRE - Movimento Independente tornou pública, em comunicado, a “total discordância com a forma como os trabalhos da primeira Assembleia Municipal, realizada no dia 15 de outubro, foram conduzidos, especialmente no que se refere à recusa da possibilidade de intervenção das várias forças políticas”.
Para o SEMPRE, “deveria ter sido permitido que todas as forças políticas, democraticamente eleitas e legitimadas por sufrágio direto e universal, fizessem uma intervenção na Assembleia Municipal, prática aliás comum e recorrente e que tem sido tradição em Castelo Branco nas primeiras reuniões da Assembleia Municipal e instalação dos órgãos autárquicos”.
Perante isto é realçado que “não compactuamos com a postura limitativa do presidente da Assembleia Municipal, que escudando-se numa ordem de trabalhos inexistente, utilizando, portanto, um argumento falacioso, impediu o SEMPRE, bem como todas as restantes forças políticas, de cumprimentar os eleitos e de se manifestar num ato de tão grande importância para todo o Concelho de Castelo Branco”.
Para o SEMPRE “esta atuação em nada promove o diálogo a que o Partido Socialista tem apelado, e referido inclusivamente, no primeiro discurso do presidente da Assembleia Municipal. Contudo, o SEMPRE manteve a postura educada, correta e respeitosa que o caracteriza, não perturbando o avanço da cerimónia”.
De qualquer modo, foi tornada pública a intervenção que António Fernandes tinha preparada e na qual deseja “as maiores felicidades para o mandato ora iniciado. Ao presidente da Câmara, Leopoldo Rodrigues, desejo-lhe, muito sinceramente, os maiores sucessos na presidência do executivo municipal a bem do Concelho de Castelo Branco e de todos os Albicastrenses que aqui representamos”.
Tudo, para avançar que “Castelo Branco não se encontra perante um quadro adverso ou mesmo difícil. A Câmara, os Serviços Municipalizados, as empresas municipais e outras entidades da esfera de atuação da administração local encontram-se organizadas e a funcionarem eficazmente. São muitos os projetos aprovados, tanto na cidade como nas freguesias. Em alguns, verificam-se substanciais atrasos no arranque da obra, sendo até oportuno questionar acerca das razões que justificam estes atrasos. Outros, estão em fase avançada de concretização e, em breve, contribuirão, como tantos outros, para o desenvolvimento económico e cultural e melhoria da qualidade de vida e bem-estar dos Albicastrenses. Acresce que a Câmara goza de reconhecida saúde financeira. Estão, assim, reunidas condições para que este mandato venha a ser caracterizado pelo aproveitamento eficaz destas circunstâncias bem como das oportunidades financeiras que acompanham o quadriénio 2022-2025 no âmbito dos fundos europeus do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Nesta conjuntura, será expectável, e até obrigatório, que o Concelho de Castelo Branco mantenha a trajetória de crescimento e progresso a que nos habituámos e assuma lugar de destaque no panorama nacional ao nível do desenvolvimento e concretização de tantas propostas e desafios identificados, e amplamente mencionados na campanha eleitoral a que todos assistimos. Esperamos que tal aconteça”.
António Fernandes recorda que “o Partido Socialista não obteve a maioria absoluta dos votos. De qualquer forma, não deixa de ter toda a legitimidade para governar Castelo Branco e fazê-lo mediante os acordos que entender celebrar. É muito provável que as opções do Partido Socialista neste domínio nos venham a surpreender e as achemos contraditórias com a realidade político-partidária a nível nacional, e de certa forma contrastantes com a natureza de acordos noutros municípios com tabelas de resultados eleitorais muito semelhantes ao nosso. Esperamos, a bem de Castelo Branco, que a situação a nível nacional não venha a contaminar a governação local. A nós importa, efetivamente, e reafirmando mais uma vez a legitimidade do Partido Socialista para governar, reclamar que eventuais acordos celebrados com outras forças políticas sejam tornados públicos, por razões de transparência, designadamente quanto à distribuição de competências no seio da Câmara e de entidades municipais, bem como quanto ao programa que pretendem desenvolver em resultado da síntese das propostas eleitorais que apresentaram e que agora parecem fundir-se com outras forças políticas”.
Entre outros pontos, António Fernandes destaca ainda que, “como oposição assumida, e aparentemente sozinhos, lutaremos pelos ideais e pelas propostas que nos congregaram na candidatura do SEMPRE na Câmara, bem como na Assembleia Municipal, no rigoroso acompanhamento da atividade municipal, dos serviços municipalizados, das empresas municipais e das demais entidades que integram o perímetro da administração local”.