Edição nº 1718 - 1 de dezembro de 2021

COM O APOIO DE EMPRESAS PRIVADAS
CIJE inaugura segundo grupo de semiautonomia

A Casa de Infância e Juventude (CIJE) de Castelo Branco inaugurou, esta segunda-feira, 29 de novembro, um novo espaço de semiautonomia, o segundo, para as utentes da instituição. Trata-se de um espaço, com cozinha/sala de estar, espaço para arrumações, despensa, várias instalações sanitárias e dois quartos individuais e três duplos. Um grupo de semiautonomia que, atualmente, acolhe quatro jovens, que gerem o seu dia a dia, desde as compras até à confeção das refeições, como se vivessem numa casa fora da instituição.
Para concretizar este objetivo a CIJE contou com o apoio da VINCI Energies Portugal, da Fundação Auchan para a Juventude e da Globalvia.
A Fundação Auchan para a Juventude contribui com 10 mil euros, para a requalificação de todo o espaço da cozinha, bem como para os eletrodomésticos. Por seu lado, a VINCI Energies Portugal contribui com 25 mil euros, para a requalificação do restante espaço do grupo de semiautonomia. Isto, enquanto a Globalvia, contribui com 600 euros, para as secretárias de estudo das jovens.
Em dia de inauguração, a presidente da direção da CIJE, Graça Frade, realçou que “nem sempre o caminho para a proteção das crianças e jovens tem sido muito eficaz”, uma vez que “as leis vão mudando ao sabor da vida viva das crianças e jovens que tutelam”. Isto, para sublinhar que, “atualmente, a Lei prevê a continuidade da proteção das jovens até aos 25 anos”, referindo que “não podemos fazê-lo sem mudarmos as nossas práticas e adaptarmos os nossos espaços”. Nesse sentido, refere que “em 2017 fizemos uma primeira experiência na adaptação de um espaço para oito jovens”. Admite que “não é a solução perfeita, mas podemos sempre melhorar. É uma solução em constante dinâmica. Só assim podemos educar e socializar para a autonomia, promovendo a inclusão de crianças e jovens mulheres na sociedade, como cidadãos de plenos direitos e deveres”.
Graça Frade chama a tenção para o facto que “as crianças crescem, ou chegam já adolescentes e o grupo adaptado não dá resposta às nossas necessidades”, de onde foi necessário “criar um segundo grupo. Foi aqui que os nossos parceiros deram a ajuda necessária”.
Para além dos parceiros, Graça Frade destacou que “todos os colaboradores da CIJE participam neste trabalho”, com um objetivo, pois “queremos que esta seja uma casa de sonho e uma casa de afetos”.
Por seu lado, Carla Madeira, da Auchan, começou por frisar que esta é “uma das poucas empresas do País que tem certificação de responsabilidade. A Fundação Auchan existe há nove anos”, mas, destaca, “a relação com a CIJE existe há cerca de 20 anos. Temos vindo a fortalecer a relação e ao apoio”, para concluir que “é um orgulho para a Auchan contribuir para esta casa”.
Na mesma toada, Pedro Afonso, da VINCI Energies Portugal, referiu-se à importância de “no terreno ver o impacto que o donativo significa para as pessoas. Isso enche-nos o coração”. No caso concreto da CIJE assegura que “a decisão foi boa e vamos ter frutos”, para mais à frente avançar que “não colocamos só os donativos, também colocamos tempo nosso”, considerando que “não era possível se a CIJE não tivesse uma direção de coração, de alma”.
Pedro Afonso, dirigindo-se às jovens, destacou que “a CIJE dá ferramentas para que possam agarrar no processo educativo”, considerando que “a única forma de termos uma vida melhor é aprender a fazer coisas, a pensar, a viver em sociedade, e isso aprende-se com o sistema educativo”.
E na tarde de segunda-feira Pedro Afonso tinha ainda uma prenda para todas as utentes da CIJE, “uma pequena lembrança, para passarem um dia connosco, na nossa empresa, em Lisboa”.
Também presente na inauguração, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, recordou que “fui acompanhando o crescimento de muitas jovens que aqui passaram, bem como o trabalho da CIJE. Um grande trabalho, em que dão muito do seu tempo”.
Leopoldo Rodrigues afirmou que “não viemos trazer nada nosso”, pois esta “é uma iniciativa que é suportada pela iniciativa privada”, chamando a atenção para a importância da “responsabilidade social das empresas”.
E já no final, deixou ainda um desafio às jovens, para que “ouçam os conselhos que vos são dados. Aceitem, porque daí a algum tempo certamente vão fazer falta”.
António Tavares

01/12/2021
 

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