Edição nº 1724 - 12 de janeiro de 2022

ORGANIZADA POR GONÇALO SALVADO
Antologia comemora centenário de Eugénio de Andrade

A antologia Um Corpo É Sempre Uma Chama – O Fogo e o Vinho na poesia de Eugénio de Andrade organizada pelo poeta Gonçalo Salvado, e que conta com uma colaboração da Editora Lumen com a Livraria Sá da Costa Editora de Lisboa, em parceria com a Quinta dos Termos, é apresentada dia 19 de janeiro, a partir das 16h30, na Póvoa da Atalaia, no Concelho do Fundão.
A antologia foi idealizada para celebrar o centenário de Eugénio de Andrade e terá o seu lançamento na sua aldeia natal e no dia do nascimento deste emblemático poeta, figura maior da poesia portuguesa do Século XX.
A antologia insere-se numa coleção de poesia, única no panorama editorial português, dirigida por Gonçalo Salvado, na qual as obras surgem em formato original livro/garrafa, numa união que pretende materializar a relação simbólica e milenar entre o vinho e a poesia. O editor é Ricardo Paulouro e a apresentação fica a cargo do autor e de Maria João Fernandes.
O livro que apresenta uma seleção das referências ao fogo e ao vinho na poesia de Eugénio de Andrade, reproduz na capa um retrato inédito de Eugénio de Andrade realizado expressamente com esta finalidade pelo histórico designer gráfico português, o artista Dorindo Carvalho.
Contém ainda um fac-símile de um poema manuscrito de Eugénio de Andrade oferecido pelo poeta a Gonçalo Salvado, e uma fotografia da autoria de Dario Gonçalves, que regista Eugénio de Andrade junto a Gonçalo Salvado, datada de 1990.
Inclui ainda uma nota de abertura do editor, do autor da antologia e uma apresentação de Maria João Fernandes.
Trata-se da primeira antologia poética com os temas do fogo e do vinho na poesia de Eugénio de Andrade, sendo também a primeira vez que a poesia deste vulto ímpar e tutelar das nossas letras é editada no formato singular de livro/garrafa.
Eugénio de Andrade (1923-2005) é, nas palavras de Gonçalo Salvado “o maior poeta do amor e do erotismo da segunda metade do Século XX em Portugal, criador de um novo e revolucionário dizer amoroso. A sua poesia, em sua maioria escrita sob o influxo de Eros e refletindo o fascínio por esta figura central da mitologia grega não foi ainda suplantada no alvor deste novo século.”
De lembrar que Um Corpo É Sempre Uma Chama (expressão retirada de um texto de Eugénio de Andrade) foi igualmente o título escolhido por Gonçalo Salvado para a exposição, comissariada por Maria João Fernandes, de esculturas e desenhos do escultor José Rodrigues, histórico amigo e colaborador de Eugénio de Andrade, que esteve patente em Gouxaria, Alcanena, em 2017.
De referir que um dos números desta original coleção é dedicado à poesia de António Botto, o mais relevante poeta do amor e do erotismo da primeira metade do Século XX português, em que os versos e universo poético muito influenciaram Eugénio de Andrade.
Esse livro intitulado A Taça Que Me Destinas – Amor e Vinho na poesia de António Botto unido ao de Eugénio de Andrade completará a edição dupla, previamente projetada por Gonçalo Salvado, composta por dois livros/garrafa, consagrada e em homenagem aos dois nomes mais proeminentes da poesia amorosa e erótica do Século XX português, sendo inédita esta ligação numa mesma edição.
A apresentação da antologia de António Botto terá lugar em data a agendar na Biblioteca Municipal António Botto, em Abrantes.

12/01/2022
 

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